Se há alguma verdade na minha vida, é que passei os últimos 10 anos imerso em uma grande maré de tranquilidade e felicidade. Naveguei na calmaria de não enfrentar o medo de um dia se ver sozinho diante do mundo. Vivi com a certeza de que sempre teria alguém para contar nos momentos em que a loucura mundana parecesse incontrolável e que quando o futuro parecesse intransponível, teria alguém para ajudar a decifrar os caminhos e manter o controle da vida.
Estou há 10 anos ao lado da Ana Rosa, arrastando malas por calçadas alheias, descobrindo como queijos são melhores no dia seguinte – depois de passarem uma noite enrolados em guardanapos dentro de uma bolsa, levantando de restaurantes quando percebemos que estamos diante de uma cilada – sim estamos há anos descobrindo juntos as ciladas da vida e aprimorando nosso feeling para evitá-las. Conhecendo tantos lugares e voltando a tantos outros, na expectativa que um dia todas as esquinas do planeta tenham uma lembrança de nós dois.
Mas também ficando em casa e descobrindo que a centrífuga de salada é o maior invento da história da humanidade e o valor de uma boa frigideira. Tudo isso enquanto tento evitar que Ana Rosa compre a loja da Havan inteira.
“Mas no meio de tudo isso, fora disso, através disso, apesar disso tudo – há o amor. Ele é como a lua, resiste a todos os sonetos e abençoa todos os pântanos”. Sim, porque em 20 de janeiro de 2008 a vida talvez ainda não fosse vida – ou pelo menos a vida como hoje a conhecemos – e mesmo minha boa memória tem dificuldade de relembrar os detalhes desse mundo tão distante e abstrato. Desde aquele dia no banco do saguão do IL nunca mais estivemos sozinhos.
Estou há 10 anos ao lado da Ana Rosa, arrastando malas por calçadas alheias, descobrindo como queijos são melhores no dia seguinte – depois de passarem uma noite enrolados em guardanapos dentro de uma bolsa, levantando de restaurantes quando percebemos que estamos diante de uma cilada – sim estamos há anos descobrindo juntos as ciladas da vida e aprimorando nosso feeling para evitá-las. Conhecendo tantos lugares e voltando a tantos outros, na expectativa que um dia todas as esquinas do planeta tenham uma lembrança de nós dois.
Mas também ficando em casa e descobrindo que a centrífuga de salada é o maior invento da história da humanidade e o valor de uma boa frigideira. Tudo isso enquanto tento evitar que Ana Rosa compre a loja da Havan inteira.
“Mas no meio de tudo isso, fora disso, através disso, apesar disso tudo – há o amor. Ele é como a lua, resiste a todos os sonetos e abençoa todos os pântanos”. Sim, porque em 20 de janeiro de 2008 a vida talvez ainda não fosse vida – ou pelo menos a vida como hoje a conhecemos – e mesmo minha boa memória tem dificuldade de relembrar os detalhes desse mundo tão distante e abstrato. Desde aquele dia no banco do saguão do IL nunca mais estivemos sozinhos.
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