Para mim, 2017 parecia ser o ano que nunca iria existir. Falávamos tanto sobre a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que parecia que quando esses grandes eventos terminassem, o mundo iria acabar junto. Às vezes, sem perceber me pego chamando 2017 de 2018.
Completei 30 anos em 2017 e não vi muita diferença. Finalmente tirei do papel uma viagem que planejava faz algum tempo e poderia aqui contar em detalhes as maravilhas da torta de maçã de Amsterdã, ou sobre toda a carga histórica que senti ao ver o Muro de Berlim, a estação de Grunewald ou a Casa de Anne Frank. De como é impressionante ver as pinturas de Van Gogh (o maior perdedor da história) e Monet, ou como a Mona Lisa é superestimada. Ou ainda sobre meu amor por Barcelona, mesmo tendo sido pela primeira e pela segunda vez na minha vida (com uma diferença de apenas dois dias) atingido por fezes de pombos enquanto eu estava lá.
O ano foi terrível no meu trabalho, com um ambiente completamente destruído pela presença de um líder nocivo e uma trama que me fez chegar a acordar no dia mais difícil do ano e ser intimado a depor no Ministério Público.
Mas, sim, se eu for me lembrar de 2017 será pelo dia em que a Gaia fugiu da casa dos meus pais e pelas buscas nos 30 dias seguintes, pelas inúmeras caminhadas pelas ruas do Jardim das Palmeiras, em meio as memórias de infância, os pensamentos negativos e alguns momentos de esperança. Aquele 09 de março quando a encontrei em um canteiro de obras foi desses momentos inexplicáveis que parecem fazer com que toda a aleatoriedade do planeta tenha algum sentido.
(na foto um gato que apareceu aqui em casa e achamos que estava perdido. No dia seguinte, quando ainda pensávamos no que iríamos fazer com ele, outro gato apareceu no quintal. E então, no dia seguinte o primeiro gato foi levado pela mãe, que voltou novamente ao longo do dia para buscar o segundo. Depois disso, passamos alguns dias como uma espécie de creche felina, em que gatos apareciam e sumiam do quintal, sem que nunca víssemos a responsável por isso. Se eles acabassem ficando por aqui, decidimos que seriam chamados de José Arcádio e Aureliano Buendía ou então de Amaranta Úrsula)
Completei 30 anos em 2017 e não vi muita diferença. Finalmente tirei do papel uma viagem que planejava faz algum tempo e poderia aqui contar em detalhes as maravilhas da torta de maçã de Amsterdã, ou sobre toda a carga histórica que senti ao ver o Muro de Berlim, a estação de Grunewald ou a Casa de Anne Frank. De como é impressionante ver as pinturas de Van Gogh (o maior perdedor da história) e Monet, ou como a Mona Lisa é superestimada. Ou ainda sobre meu amor por Barcelona, mesmo tendo sido pela primeira e pela segunda vez na minha vida (com uma diferença de apenas dois dias) atingido por fezes de pombos enquanto eu estava lá.
O ano foi terrível no meu trabalho, com um ambiente completamente destruído pela presença de um líder nocivo e uma trama que me fez chegar a acordar no dia mais difícil do ano e ser intimado a depor no Ministério Público.
Mas, sim, se eu for me lembrar de 2017 será pelo dia em que a Gaia fugiu da casa dos meus pais e pelas buscas nos 30 dias seguintes, pelas inúmeras caminhadas pelas ruas do Jardim das Palmeiras, em meio as memórias de infância, os pensamentos negativos e alguns momentos de esperança. Aquele 09 de março quando a encontrei em um canteiro de obras foi desses momentos inexplicáveis que parecem fazer com que toda a aleatoriedade do planeta tenha algum sentido.
(na foto um gato que apareceu aqui em casa e achamos que estava perdido. No dia seguinte, quando ainda pensávamos no que iríamos fazer com ele, outro gato apareceu no quintal. E então, no dia seguinte o primeiro gato foi levado pela mãe, que voltou novamente ao longo do dia para buscar o segundo. Depois disso, passamos alguns dias como uma espécie de creche felina, em que gatos apareciam e sumiam do quintal, sem que nunca víssemos a responsável por isso. Se eles acabassem ficando por aqui, decidimos que seriam chamados de José Arcádio e Aureliano Buendía ou então de Amaranta Úrsula)
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