Quando aquela noiva morreu no fim do ano passado, ou no começo deste ano, não sei direito, todos nós ficamos chocados. Claro que não há um bom dia para morrer, mas existem dias que são piores do que os outros. Ninguém deveria morrer no dia do casamento, no dia do aniversário. Aliás, ninguém tem o direito de ter qualquer sofrimento nestes dias, em que desejamos tanta felicidade para os envolvidos. Assim sendo, uma noiva morrer no dia do casamento, enquanto ia para o casamento e os convidados e o noivo a esperavam, isso é o horror. Certamente terrível para a pessoa que morreu, mas ainda pior para os que ficaram aqui e vão viver os restos de suas vidas com estas lembranças traumáticas.
Agora, ficamos todos chocados novamente com as imagens do acidente. A fotógrafa que acompanhava a noiva filmou todo o trajeto fatal, provavelmente para registrar essas imagens da aventura da noiva, que iria fazer uma surpresa para o seu futuro marido que não sabia que ela desceria de helicóptero no local do casamento.
Podemos ver no vídeo a expectativa de todos dentro da aeronave. Como as coisas foram lentamente piorando até o momento em que a aeronave perde o controle aos gritos de misericórdia e a câmera rola pelo gramado enquanto os quatro ocupantes do helicóptero já estão mortos.
Ver imagens tão intimas de um acidente não é algo que faz parte do nosso cotidiano. Nunca soubemos ao certo o que se passou dentro do Fokker 100 da Tam, do avião da Gol, do voo da Air France, no voo da Chapecoense. Agora sabemos exatamente o desespero da noiva, de seu irmão, da fotógrafa e do piloto do helicóptero.
Dias atrás, também acompanhamos a imagem de um acidente, em que um piloto pousou em um rio na Amazônia e o passageiro filmou tudo. O piloto morreu, o passageiro sobreviveu. Que terrível.
Só consigo pensar que cada vez mais, nessa sociedade hipervigiada e hiperfilmada, teremos cada vez mais imagens como essa. De pessoas que diante da tragédia eminente que irá acabar com suas vidas, não terão outra reação que não seja a de ligar o celular e gravar este apocalipse pessoal. Seremos cada vez mais alimentados a estas imagens sensacionalistas, talvez até o dia em que as imagens da morte se tornem banais e não nos impactem mais.
Agora, ficamos todos chocados novamente com as imagens do acidente. A fotógrafa que acompanhava a noiva filmou todo o trajeto fatal, provavelmente para registrar essas imagens da aventura da noiva, que iria fazer uma surpresa para o seu futuro marido que não sabia que ela desceria de helicóptero no local do casamento.
Podemos ver no vídeo a expectativa de todos dentro da aeronave. Como as coisas foram lentamente piorando até o momento em que a aeronave perde o controle aos gritos de misericórdia e a câmera rola pelo gramado enquanto os quatro ocupantes do helicóptero já estão mortos.
Ver imagens tão intimas de um acidente não é algo que faz parte do nosso cotidiano. Nunca soubemos ao certo o que se passou dentro do Fokker 100 da Tam, do avião da Gol, do voo da Air France, no voo da Chapecoense. Agora sabemos exatamente o desespero da noiva, de seu irmão, da fotógrafa e do piloto do helicóptero.
Dias atrás, também acompanhamos a imagem de um acidente, em que um piloto pousou em um rio na Amazônia e o passageiro filmou tudo. O piloto morreu, o passageiro sobreviveu. Que terrível.
Só consigo pensar que cada vez mais, nessa sociedade hipervigiada e hiperfilmada, teremos cada vez mais imagens como essa. De pessoas que diante da tragédia eminente que irá acabar com suas vidas, não terão outra reação que não seja a de ligar o celular e gravar este apocalipse pessoal. Seremos cada vez mais alimentados a estas imagens sensacionalistas, talvez até o dia em que as imagens da morte se tornem banais e não nos impactem mais.
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