As instituições estão funcionando, elas estão funcionando, esse é o mantra repetido por autoridades, especialistas, comentaristas, para dizer que está tudo bem. Como se fossem aquele meme do cachorro dizendo que está tudo bem enquanto tudo ao seu redor pega fogo. As instituições estão funcionando, temos um vice-presidente eleito e que assumiu dentro do que é previsto pela constituição, o legislativo segue legislando e o judiciário continua julgando.
Teoricamente, a democracia prevê a existência de três poderes harmônicos e independentes entre si. No entanto, o que vemos atualmente é um Poder Executivo acuado diante dos outros dois. Ok, podemos dizer que o Executivo fez por merecer e tem sido ineficiente nos últimos anos. Mas, o que os outros fizeram para não serem tão atingidos pela crise representativa nacional?
Acredito que foi o Cássio Cunha Lima - melhor analista do que senador - que afirmou que o Brasil vive em um momento de parlamentarismo improvisado. O centro nervoso de decisões do país está no Legislativo. O presidente não consegue fazer nada se não se perder em uma série de negociações com a enorme base parlamentar, que envolve cargos, liberação de verbas, atendimento de interesses pessoais. Se Dilma Rousseff caiu, mais do que as pedaladas, ou a crise econômica, o grande motivo de seu impeachment foi sua incapacidade de jogar esse jogo.
Michel Temer assumiu e começou a dar prosseguimento as reformas apoiadas pelos financiadores de campanha. Ele sempre quis fazer isso e encontrou o momento favorável na Câmara? Ou decidiu fazer isso para atender os pedidos da Câmara, ter tranquilidade com aqueles que realmente tem o poder político e também financeiro? O fato é que Michel Temer era quem os deputados, senadores, empresários em geral queriam para fazer o que eles quisessem, dentro de uma proposta que dificilmente seria eleita diretamente pelo povo.
Temer não conviveu mais de uma semana sem um grande escândalo, mas sua capacidade de negociar com o Legislativo e suas reformas bem recebidas pelo Mercado (esta instituição intangível) o garantiam no poder. Temer era o fiador de toda essa situação.
No entanto, o presidente foi cada vez mais se afundando no chorume de suas relações políticas e ao invés de ser a solução, passou a ser um problema para a credibilidade que querem que as reformas tenham. Qual é a solução? Tirar o Temer e colocar qualquer besta quadrada no lugar, que só não se envolva em nenhum grande escândalo e deixem que se mudem o Brasil da forma como a Fiesp quer.
A figura do presidente no Brasil é totalmente dispensável nesse momento. Essa parlamentarismo improvisado se transformou em um grande ser de lama, capaz de tomar decisões independente dos nomes. Será assim pelo menos até as próximas eleições.
Mas, as instituições continuam funcionando, dizem todos.
Teoricamente, a democracia prevê a existência de três poderes harmônicos e independentes entre si. No entanto, o que vemos atualmente é um Poder Executivo acuado diante dos outros dois. Ok, podemos dizer que o Executivo fez por merecer e tem sido ineficiente nos últimos anos. Mas, o que os outros fizeram para não serem tão atingidos pela crise representativa nacional?
Acredito que foi o Cássio Cunha Lima - melhor analista do que senador - que afirmou que o Brasil vive em um momento de parlamentarismo improvisado. O centro nervoso de decisões do país está no Legislativo. O presidente não consegue fazer nada se não se perder em uma série de negociações com a enorme base parlamentar, que envolve cargos, liberação de verbas, atendimento de interesses pessoais. Se Dilma Rousseff caiu, mais do que as pedaladas, ou a crise econômica, o grande motivo de seu impeachment foi sua incapacidade de jogar esse jogo.
Michel Temer assumiu e começou a dar prosseguimento as reformas apoiadas pelos financiadores de campanha. Ele sempre quis fazer isso e encontrou o momento favorável na Câmara? Ou decidiu fazer isso para atender os pedidos da Câmara, ter tranquilidade com aqueles que realmente tem o poder político e também financeiro? O fato é que Michel Temer era quem os deputados, senadores, empresários em geral queriam para fazer o que eles quisessem, dentro de uma proposta que dificilmente seria eleita diretamente pelo povo.
Temer não conviveu mais de uma semana sem um grande escândalo, mas sua capacidade de negociar com o Legislativo e suas reformas bem recebidas pelo Mercado (esta instituição intangível) o garantiam no poder. Temer era o fiador de toda essa situação.
No entanto, o presidente foi cada vez mais se afundando no chorume de suas relações políticas e ao invés de ser a solução, passou a ser um problema para a credibilidade que querem que as reformas tenham. Qual é a solução? Tirar o Temer e colocar qualquer besta quadrada no lugar, que só não se envolva em nenhum grande escândalo e deixem que se mudem o Brasil da forma como a Fiesp quer.
A figura do presidente no Brasil é totalmente dispensável nesse momento. Essa parlamentarismo improvisado se transformou em um grande ser de lama, capaz de tomar decisões independente dos nomes. Será assim pelo menos até as próximas eleições.
Mas, as instituições continuam funcionando, dizem todos.
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