O ano, se eu não me engano, era 1999. A revista placar publicou uma série de edições especiais e uma delas continha a sempre pretensiosa e polêmica listagem: os 100 maiores jogadores de todos os tempos. Como era uma espécie de consenso naqueles tempos, Pelé aparecia em primeiro lugar e Maradona em segundo. A partir daí é que a polêmica sempre aumentava e o terceiro lugar era ocupado por Johan Cruyff. Lembro de ter ficado fascinado com aquele holandês magrelo que na foto aparecia sentado sobre a bola, envergando a diferente, mas sempre bela camisa do Ajax. Magro, cabelos longos, parecia até um pouco desengonçado. Não parecia um atleta. O texto colaborava com essa impressão. Cruyff era filho de uma faxineira do clube e passou a treinar futebol por incentivo da mãe, para ver se ele conseguia superar uma má-formação em seus pés. Johan também fumava de maneira alucinada, incluindo um cigarro no intervalo dos jogos. Mesmo assim era o terceiro maior jogador da história. Poucos jogadores...
Op. Cit, Ô psit, Ópio City