Bwana era uma força da natureza. A energia de um labrador é amplamente divulgada por aí, mas só quem teve um sabe do que eu estou falando. Das plantas que ela arrancava pela raiz, dos pesos que ela carregava nos dentes, dos muros que ela pulava sem cerimônia, a eternidade pela qual ela poderia correr e nadar. A força de um labrador não é brincadeira.
São seis, sete anos, em que o animal é praticamente incontrolável. Depois ele acalma um pouco, a idade chega.
E como chega.
Hoje, ao sair de casa me deparo com Bwana deitada ao lado do portão. Ela precisa sair dali, para que eu possa passar com o carro. Chamo-a e ela não se move. Preciso levantá-la e ela anda devagar, para no caminho. Se falasse, diria para que eu a deixasse ali, que desistisse de sair.
A cena ocorreu também na semana passada e ainda vai se repetir algumas vezes, imagino que não muitas porque o tempo é cruel.
Bwana é um labrador caminhando para seus 12 anos. Seu corpo cansado tem pouca força, um pouco de toda a força do mundo que ela já carregou dentro de si.
São seis, sete anos, em que o animal é praticamente incontrolável. Depois ele acalma um pouco, a idade chega.
E como chega.
Hoje, ao sair de casa me deparo com Bwana deitada ao lado do portão. Ela precisa sair dali, para que eu possa passar com o carro. Chamo-a e ela não se move. Preciso levantá-la e ela anda devagar, para no caminho. Se falasse, diria para que eu a deixasse ali, que desistisse de sair.
A cena ocorreu também na semana passada e ainda vai se repetir algumas vezes, imagino que não muitas porque o tempo é cruel.
Bwana é um labrador caminhando para seus 12 anos. Seu corpo cansado tem pouca força, um pouco de toda a força do mundo que ela já carregou dentro de si.
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