O ano era 2013 e eis que uma ponte surge na rua ao lado da minha casa. A partir de então, eu poderia passar por cima daquele que sempre foi o limite natural do meu bairro e da minha imaginação infantil. E não é qualquer ponte: é uma ponte alta, que passa por cima das copas das árvores. A nova experiência me faz pensar na beleza daquelas árvores e de como o cerrado pode ser belo, apesar de desprezado. Me encho de inspiração, mas ela nunca vai a lugar nenhum. Esse rascunho de texto permanece esquecido por aqui desde outubro de 2013. Termina sem pontos e para nada.
O Rio Coxipó sempre esteve no final da minha rua. Apesar da proximidade, nunca olhei para o rio pensando em diversão, porque ele sempre esteve poluído. Até me admirava com as pessoas que passavam a tarde tomando banho nele, mesmo com o esgoto que escorria pelas manilhas.
Para mim, o rio sempre foi o limite natural da minha rua e do meu bairro. Tudo acabava no rio. Quando criança, por vezes eu descia até a beira do rio e imaginava o que é que havia do outro lado. Tinha dúvidas até sobre a posição geográfica, porque naquela época não existia o Google Mapas.
Este ano, foi inaugurada uma ponte sobre o Rio Coxipó na rua ao lado. A inauguração de uma ponte no seu bairro muda a sua perspectiva de vida nele. Por mais que se fale nas distâncias encurtadas e no acesso facilitado, o que chama a atenção é a mudança na rotina. Os carros que não podem mais ficar estacionados na rua, a dificuldades das pessoas para sair de sua garagem, os cuidados extras para atravessar a rua, desviando dos motoristas que dirigem a 100 km/h em um bairro residencial. Fora o barulho dos caminhos e das sirenes que passam o dia todo, até durante a madrugada.
A nova ponte serviu também para descobrir o que é que havia do outro lado do rio. Nenhuma surpresa em descobrir que lá estão ruas, próximas a Estrada do Moinho, até porque, hoje em dia já existe o mapa do Google. O que me chamou a atenção foi o cenário. A vegetação nativa em volta do rio, numa região cheia de chácaras, arvores enormes e o cerrado em toda a sua beleza.
O cerrado que muitas vezes é ignorado. Que é visto como uma enorme área que ainda pode ser devastada para
O Rio Coxipó sempre esteve no final da minha rua. Apesar da proximidade, nunca olhei para o rio pensando em diversão, porque ele sempre esteve poluído. Até me admirava com as pessoas que passavam a tarde tomando banho nele, mesmo com o esgoto que escorria pelas manilhas.
Para mim, o rio sempre foi o limite natural da minha rua e do meu bairro. Tudo acabava no rio. Quando criança, por vezes eu descia até a beira do rio e imaginava o que é que havia do outro lado. Tinha dúvidas até sobre a posição geográfica, porque naquela época não existia o Google Mapas.
Este ano, foi inaugurada uma ponte sobre o Rio Coxipó na rua ao lado. A inauguração de uma ponte no seu bairro muda a sua perspectiva de vida nele. Por mais que se fale nas distâncias encurtadas e no acesso facilitado, o que chama a atenção é a mudança na rotina. Os carros que não podem mais ficar estacionados na rua, a dificuldades das pessoas para sair de sua garagem, os cuidados extras para atravessar a rua, desviando dos motoristas que dirigem a 100 km/h em um bairro residencial. Fora o barulho dos caminhos e das sirenes que passam o dia todo, até durante a madrugada.
A nova ponte serviu também para descobrir o que é que havia do outro lado do rio. Nenhuma surpresa em descobrir que lá estão ruas, próximas a Estrada do Moinho, até porque, hoje em dia já existe o mapa do Google. O que me chamou a atenção foi o cenário. A vegetação nativa em volta do rio, numa região cheia de chácaras, arvores enormes e o cerrado em toda a sua beleza.
O cerrado que muitas vezes é ignorado. Que é visto como uma enorme área que ainda pode ser devastada para
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