Em algum momento perto da virada do século eu fui com minhas primas ao teatro da UFMT aqui em Cuiabá para assistir um espetáculo. Não sabia do que se tratava, Tangos e Tragédias era o seu nome. Eles já haviam ido no Jô Soares, me diziam. Não me lembrava. Uma prima minha já os havia visto em Porto Alegre. Aliás, eles eram do Rio Grande do Sul.
Fui sem tanta confiança e me sentei lá pelo fim do teatro. Bem, não deixava de ser interessante ir em alguma coisa em Cuiabá, não era sempre que alguma coisa acontecia por aqui. Bem, se hoje já tem pouca coisa, imagina como era anos atrás.
Logo me diverti com a cara de maniaco de um dos dois músicos, que parecia ser o coadjuvante. Me diverti imensamente com as aventuras do Reino da Sbornia, que era grudada ao continente por um istmo e onde se dança o Copernico (e é preciso pescoço para conseguir dançar). As músicas se gravaram no meu inconsciente e mesmo sem nunca mais ter tido qualquer acesso as canções gravei mais de meia dúzia delas no meu inconsciente. Ainda me lembro dos versos de "A verdadeira Maionese" e principalmente de Ana Cristina, a pobre menina trocada pela sua mãe. (Eu fui tomar café, a velha apareceu, sabe como é). (Ana Cristina ainda era o nome da menina mais bonita da sala de inglês, isso talvez tenha me ajudado a gravar seu nome).
Sem contar as versões do Romance da Caveira, do Ébrio, o Trem das Onze em inglês e a versão intimista de Meu Erro, no momento não engraçado do show.
Ao fim da apresentação eu estava extasiado. Lembro de ter pego o autógrafo do duo no verso do ingresso e por um breve momento pensei em montar uma coleção de autógrafos, mas acabei não tocando esse projeto.
De certa forma a apresentação de Tangos e Tragédias contribuiu na formação do meu humor e cresci na expectativa de que um dia os veria novamente. Acho que eles vieram a Cuiabá em algum momento, uns cinco anos atrás e eu pensei em ir mas ninguém a minha volta se interessou. Não fui, mas quem sabe um dia.
Até que na quinta-feira eu vejo a notícia da morte de um músico de nome estranho, Nico alguma coisa. Não associei o nome a ninguém e pudia jurar que não sabia quem era. Como muitas pessoas falaram dele, joguei no Google e descobri que era justamente o cara do Tangos e Tragédias. Não o maníaco, o outro, que parecia ser o principal.
De fato, nunca mais irei ver Tangos e Tragédias.
Fui sem tanta confiança e me sentei lá pelo fim do teatro. Bem, não deixava de ser interessante ir em alguma coisa em Cuiabá, não era sempre que alguma coisa acontecia por aqui. Bem, se hoje já tem pouca coisa, imagina como era anos atrás.
Logo me diverti com a cara de maniaco de um dos dois músicos, que parecia ser o coadjuvante. Me diverti imensamente com as aventuras do Reino da Sbornia, que era grudada ao continente por um istmo e onde se dança o Copernico (e é preciso pescoço para conseguir dançar). As músicas se gravaram no meu inconsciente e mesmo sem nunca mais ter tido qualquer acesso as canções gravei mais de meia dúzia delas no meu inconsciente. Ainda me lembro dos versos de "A verdadeira Maionese" e principalmente de Ana Cristina, a pobre menina trocada pela sua mãe. (Eu fui tomar café, a velha apareceu, sabe como é). (Ana Cristina ainda era o nome da menina mais bonita da sala de inglês, isso talvez tenha me ajudado a gravar seu nome).
Sem contar as versões do Romance da Caveira, do Ébrio, o Trem das Onze em inglês e a versão intimista de Meu Erro, no momento não engraçado do show.
Ao fim da apresentação eu estava extasiado. Lembro de ter pego o autógrafo do duo no verso do ingresso e por um breve momento pensei em montar uma coleção de autógrafos, mas acabei não tocando esse projeto.
De certa forma a apresentação de Tangos e Tragédias contribuiu na formação do meu humor e cresci na expectativa de que um dia os veria novamente. Acho que eles vieram a Cuiabá em algum momento, uns cinco anos atrás e eu pensei em ir mas ninguém a minha volta se interessou. Não fui, mas quem sabe um dia.
Até que na quinta-feira eu vejo a notícia da morte de um músico de nome estranho, Nico alguma coisa. Não associei o nome a ninguém e pudia jurar que não sabia quem era. Como muitas pessoas falaram dele, joguei no Google e descobri que era justamente o cara do Tangos e Tragédias. Não o maníaco, o outro, que parecia ser o principal.
De fato, nunca mais irei ver Tangos e Tragédias.
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