"Se Beber não Case", o primeiro filme de 2009, era muito engraçado. Poucas vezes ri tanto em uma sala de cinema. Já o segundo filme da série era bem ruim e o terceiro, lançado nesta semana, pode ser considerado apenas fraco.
Fora o desgaste natural que qualquer "trilogia" sofre, quando as continuações são feitas apenas para ganhar dinheiro, existem alguns motivos para que o segundo e o terceiro filme não sejam bons.
O primeiro Hangover era sobre as besteiras que todos fazem quando ficam bêbados. Você vai para uma despedida de solteiro em Las Vegas e de repente acorda em um quarto de hotel destruído e descobre que lá dentro estão uma criança, uma galinha e um tigre. E pior, o noivo sumiu. Na busca por esse noivo desaparecido, os amigos reconstroem os passos da noite anterior e descobrem que um deles arrancou um dente e se casou com uma prostituta, que eles roubaram um tigre do Mike Tyson e o carro de um policial, sequestraram um criminosos chinês e gastaram uma fortuna.
A graça do filme está justamente nessas situações inusitadas e em algumas cenas nonsenses. Como a cena do tigre acordando dentro do carro, o chinês nu pulando do porta malas, a cena da camisinha usada no ombro deles. E no final, o noivo estava esquecido no teto do hotel. Todos os personagens tinham suas cenas de humor, com algum destaque para o amigo retardado, o Alan.
O segundo conta a mesma história do primeiro, só que com piadas mais forçadas e com pouca graça. Ao mesmo tempo, todo o destaque do filme começa a ficar com Alan, de fato o personagem mais carismático. Também ganha um destaque o Mr. Leslie Chow, personagem secundário do primeiro filme, o criminoso chinês totalmente afetado. De certa forma este filme deixa de ser sobre os riscos do álcool e passa ser sobre as merdas que acontecem quando nós temos um amigo babaca, no caso o Alan.
O último filme da trilogia é completamente sobre o acontece quando andamos próximos a um cara muito babaca. Ele arruma confusão com traficantes, ele quase te mata. Não há casamento, não há sequer ressaca no terceiro filme. Todas as piadas do fim da série envolvem o Alan. Ou quase todas, porque ainda existem algumas situações envolvendo o Mr. Chow. A impressão que fica é que o diretor se apaixonou por Zach Galifianakis e direcionou todo o filme para a sua atuação. Só que ele deixa de ser divertido e fica completamente chato, o amigo babaca. O filme também se foca mais na ação do que no humor.
Para ocupar tempo, o roteiro se enche de referências ao primeiro filme, como se fosse uma espécie de encerramento de ciclo mesmo, um reencontro com personagens do primeiro filme que ninguém mais se lembrava. Para terminar, ainda há uma constrangedora cena final de caminhada. Que descanse em paz.
Fora o desgaste natural que qualquer "trilogia" sofre, quando as continuações são feitas apenas para ganhar dinheiro, existem alguns motivos para que o segundo e o terceiro filme não sejam bons.
O primeiro Hangover era sobre as besteiras que todos fazem quando ficam bêbados. Você vai para uma despedida de solteiro em Las Vegas e de repente acorda em um quarto de hotel destruído e descobre que lá dentro estão uma criança, uma galinha e um tigre. E pior, o noivo sumiu. Na busca por esse noivo desaparecido, os amigos reconstroem os passos da noite anterior e descobrem que um deles arrancou um dente e se casou com uma prostituta, que eles roubaram um tigre do Mike Tyson e o carro de um policial, sequestraram um criminosos chinês e gastaram uma fortuna.
A graça do filme está justamente nessas situações inusitadas e em algumas cenas nonsenses. Como a cena do tigre acordando dentro do carro, o chinês nu pulando do porta malas, a cena da camisinha usada no ombro deles. E no final, o noivo estava esquecido no teto do hotel. Todos os personagens tinham suas cenas de humor, com algum destaque para o amigo retardado, o Alan.
O segundo conta a mesma história do primeiro, só que com piadas mais forçadas e com pouca graça. Ao mesmo tempo, todo o destaque do filme começa a ficar com Alan, de fato o personagem mais carismático. Também ganha um destaque o Mr. Leslie Chow, personagem secundário do primeiro filme, o criminoso chinês totalmente afetado. De certa forma este filme deixa de ser sobre os riscos do álcool e passa ser sobre as merdas que acontecem quando nós temos um amigo babaca, no caso o Alan.
O último filme da trilogia é completamente sobre o acontece quando andamos próximos a um cara muito babaca. Ele arruma confusão com traficantes, ele quase te mata. Não há casamento, não há sequer ressaca no terceiro filme. Todas as piadas do fim da série envolvem o Alan. Ou quase todas, porque ainda existem algumas situações envolvendo o Mr. Chow. A impressão que fica é que o diretor se apaixonou por Zach Galifianakis e direcionou todo o filme para a sua atuação. Só que ele deixa de ser divertido e fica completamente chato, o amigo babaca. O filme também se foca mais na ação do que no humor.
Para ocupar tempo, o roteiro se enche de referências ao primeiro filme, como se fosse uma espécie de encerramento de ciclo mesmo, um reencontro com personagens do primeiro filme que ninguém mais se lembrava. Para terminar, ainda há uma constrangedora cena final de caminhada. Que descanse em paz.
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