Acompanho Fórmula 1 desde 1991, quando fiz 4 anos e ganhei um quadro com o calendário e os pilotos da temporada. Anoitei os vencedores e tenho o quadro afixado na minha parede até hoje.
Nos últimos tempos tem ganhado força a teoria de que o campeonato de 2012 tenha sido o melhor de todos os tempos. Existem vários tipos de campeonatos. Existem aqueles em que o piloto corre sozinho para o título, como Mansell em 92, Prost em 93, Schumacher em 95, 2001, 2002 e 2004 ou Vettel em 2011. Existem aqueles em que o piloto abre uma vantagem no começo e passa o resto do ano administrando, como Senna em 91, Hill em 96, Alonso em 2005 ou Button em 2009. E existem aqueles campeonatos absolutamente disputados, são os melhores campeonatos. E é deles, os que eu acompanhei, que tentarei me lembrar aqui, divagando sobre a melhor temporada que já vi.
1994: Foi um ano confuso. Tudo desenhava para um embate épico entre Senna, na Williams, e Schumacher na Benneton, interrompido pelo acidente fatal do brasileiro na terceira corrida. Schumacher começou a disparar no campeonato, sem concorrentes, até que começou a sofrer diversas punições, ficou de fora de algumas corridas e Damon Hill se aproximou. Chegaram a última corrida com o alemão apenas um ponto na frente. Após perder o controle do carro e bater em um muro de Adelaide, Schumacher jogou seu carro sobre a Williams de Hill, encerrando o campeonato dos dois e ficando com o título. 1994 não compete para ser a melhor temporada por conta dos acidentes, das punições sobre Schumacher e do final melancólico.
1997: Jacques Villeneuve estava com a Williams, o melhor carro do ano. Mas, Schumacher na Ferrari também tinha um carro competitivo e era mais piloto. O alemão chegou a abrir alguma vantagem, mas os dois foram dividindo vitórias e Villeneuve chegou a última corrida do ano, em Jerez de la Frontera, apenas um ponto atrás. O treino classificatório foi épico, com Villeneuve, Schumacher e Frentzen cravando exatamente o mesmo tempo. Schumacher assumiu a ponta na largada e se manteve ali. Após a segunda parada nos boxes, Villeneuve começou a se aproximar e tentou a ultrapassagem. O ferrarista tentou a mesma técnica de 1994, mas acabou saindo da pista sozinho, abrindo o caminho para que o piloto da Williams conquistasse o título. 1997 foi um ano realmente animado e disputado, mas não considero que tenha sido a melhor temporada porque a impressão que ficou é a de que se o canadense não tivesse tido tantas quebras e acidentes, teria conquistado o título com mais facilidade.
1998: Em um cenário parecido com o do ano anterior, dessa vez Mika Hakkinen tinha o melhor carro do ano, a McLaren, competindo contra Schumacher. Hakkinen disparou no começo, mas permitiu a recuperação de Schumacher que empatou a disputa a duas corridas do fim. O finlandês conseguiu vencer as últimas duas etapas e levou o título. O campeonato de 98 foi disputado em alto nível e a única coisa que pesa ao contrário é que as corridas não foram das mais disputadas e a concorrência estava muito atrás de Hakkinen e Schumacher.
1999: A temporada começou com vários vencedores diferentes e sem nenhum candidato destacado ao título. Até que Schumacher quebrou a perna na sétima corrida do ano e Mika Hakkinen apareceu como óbvio candidato ao bicampeonato, porque ninguém acreditava no companheiro de Schumacher, o irlandês Eddie Irvine. Mas, a McLaren cometeu uma série de erros e foi levando a disputa com Irvine adiante e ainda dando brechas para Frentzen, em uma heroica temporada com a Jordan. Schumacher voltou na penúltima corrida na Malásia e Irvine conseguiu chegar a última corrida da temporada na liderança do campeonato, com quatro pontos de vantagem. Hakkinen conseguiu a vitória no Japão e levou o bi. A temporada de 99 foi realmente interessante e seu único problema é que Irvine disputou o título com Hakkinen. Irvine é um piloto que jamais comoveu ninguém.
2000: Desta vez, Schumacher tinha o melhor carro e abriu uma enorme vantagem no começo da temporada. Mas, de repente David Coulthard começou a ter as melhores atuações da sua vida e a ganhar corridas, depois de quebrar algumas costelas em um acidente de avião. Passado o trauma, foi seu companheiro Mika Hakkinen que engatou uma série de vitórias e conseguiu assumir a liderança do mundial após uma ultrapassagem inesquecível sobre Schumacher em Spa. Mas, o alemão venceu as últimas quatro corridas do campeonato e, depois que Hakkinen quebrou um motor em Indianapolis, Schumacher conseguiu o título na penúltima corrida do ano, em Suzuka. Eis a única mácula deste campeonato excepcional.
2003: Outra temporada maluca, com múltiplos vencedores. Coulthard, Alonso, Ralf Schumacher e Barrichello ameaçaram arrancadas, mas não foram para a frente. No meio dessa alternância, apenas três pilotos se sustentaram na briga pelo título: Schumacher, sempre ele, que pontuava pouco, mas vencia muito; Raikkonen, que venceu apenas uma corrida com a McLaren, mas pontuava sempre; e Montoya, o rei dos segundos lugares na Williams. Montoya teve problemas nos Estados Unidos e se despediu da disputa. Raikkonen chegou a última corrida precisando de um milagre para conseguir o título contra Schumacher. O alemão sofreu para conseguir o oitavo lugar em Suzuka, mas nem precisava disso para garantir seu hexacampeonato. Taí, 2003 foi das melhores temporadas que vi.
2006: Alonso começou o ano imbatível com sua Renault, rumo ao bicampeonato. Na segunda metade do campeonato, Schumacher é que se tornou imbatível e começou a tirar a diferença, buscando o título na sua temporada de despedida. Os dois chegaram empatados a duas corridas do fim. Em Suzuka, Schumacher liderava a corrida, quando seu motor estourou, permitindo a vitória de Alonso, que ficou em posição confortável para a última corrida no Brasil. Alonso garantiu o seu segundo título, enquanto Schumacher sofria com problemas mecânicos e fazia uma corrida épica para o quarto lugar. 2006 foi uma temporada disputada em alto nível por dois pilotos geniais. O porém, foi a quebra de Schumacher em Suzuka, que tirou um pouco da dramaticidade final.
2007: Temporada que começou muito disputada entre Raikkonen e Massa da Ferrari e Hamilton e Alonso, da McLaren. Massa perdeu folego no meio do caminho e Raikkonen parecia ir pelo mesmo caminho. A dupla da McLaren abriu distância e o título parecia que ficaria entre os dois. Mas, em meio a guerra interna entre Alonso e Hamilton, Raikkonen começou a reagir. Hamilton conseguiu uma vitória genial sob um dilúvio em Fuji e parecia próximo do título. Mas, cometeu um erro ridículo, ao atolar na entrada dos boxes na China e trouxe a disputa para a última corrida no Brasil. O estreante da McLaren ainda tinha sete pontos de vantagem para Raikkonen e quatro para Alonso. Mas, uma sucessão de erros do inglês permitiu o improvável título de Raikkonen, vencedor em Interlagos. O finlandês ficou um ponto a frente de Hamilton e Alonso. 2007 foi um dos campeonatos mais disputados que vi, por grandes pilotos, e com um final surpreendente. O problema é que as corridas nesse ano foram absolutamente monótonas. Quem largava na frente, permanecia ali, sem maiores incômodos.
2008: Após um começo disputado, Felipe Massa e Lewis Hamilton começaram a duelar pelo título, com Hamilton sempre um pouco na frente e com a Ferrari desperdiçando suas chances de assumir a liderança. Massa chegou a última corrida no Brasil precisando vencer e esperando que Hamilton chegasse no máximo no sexto lugar. Um resultado improvável, que se tornou possível quando Sebastian Vettel ultrapassou Hamilton a cinco voltas do final, em uma corrida confusa e cheia de chuva. Massa cruzou a linha de chegada com o resultado que precisava, mas Hamilton conseguiu ultrapassar Timo Glock, sem pneus, a poucos metros do fim e garantiu seu título. 2008 foi outra grande temporada, com coadjuvantes brilhantes, muita polêmica e o final mais impressionante da história. Compete como a melhor que já vi.
2010: Jenson Button (McLaren), Lewis Hamilton (McLaren), Mark Webber (Red Bull), Sebastian Vettel (Red Bull) e Fernando Alonso (Ferrari), brigaram pelas vitórias desde o começo do ano. Alonso ficou um pouco para trás, mas reagiu na metade final do campeonato. Button perdeu contato com os líderes na reta final e Hamilton ficou um pouco para trás. Mesmo assim, quatro pilotos chegaram a última corrida do ano em Abu Dabhi brigando pela vitória. Favoritismo para Alonso, seguido por Webber, com Vettel correndo por fora. Alonso e Webber acabaram errando de estratégia, parando nos boxes logo no começo da prova para trocar os pneus, aproveitando um Safety Car. Acabaram ambos presos atrás de Vitaly Petrov enquanto Vettel conquistou a vitória e o título mundial, em uma temporada marcada pelos seus erros infantis e por sua incrível arrancada final. 2010 foi uma grande temporada, mas de corridas chatas. Mais ou menos como 2007.
Enquanto isso, 2012 tem vários elementos para ser considerada uma das melhores temporadas da história. Este ano foi absolutamente competitivo, com os pilotos de quase todas equipes sonhando em subir ao pódio, dependendo do final de semana. Em muitas pistas, a diferença entre o 1º e o 15º ficava em menos de 1 segundo. Neste ano, também vimos um grande número de campeões mundiais, competindo em alto nível. O início da temporada foi absolutamente equilibrado e nenhuma equipe conseguiu estabelecer uma supremacia sobre as demais. Para melhorar, Vettel e Alonso disputam o ano. Os dois pilotam em seu máximo, são dois grandes pilotos tirando o limite do seu carro. Alonso consegue milagres a bordo da Ferrari e conseguiu resultados impressionantes com um carro mediano. Vettel se manteve no páreo no período em que a Red Bull enfrentou problemas e aproveitou o crescimento final da equipe para entrar na briga. Sua atuação em Abu Dhabi foi antológica. Qualquer um dos dois que conquistar o título, o fará com merecimento. Aliás, será até mesmo uma lástima o fato de que um deles irá perder.
Nos últimos tempos tem ganhado força a teoria de que o campeonato de 2012 tenha sido o melhor de todos os tempos. Existem vários tipos de campeonatos. Existem aqueles em que o piloto corre sozinho para o título, como Mansell em 92, Prost em 93, Schumacher em 95, 2001, 2002 e 2004 ou Vettel em 2011. Existem aqueles em que o piloto abre uma vantagem no começo e passa o resto do ano administrando, como Senna em 91, Hill em 96, Alonso em 2005 ou Button em 2009. E existem aqueles campeonatos absolutamente disputados, são os melhores campeonatos. E é deles, os que eu acompanhei, que tentarei me lembrar aqui, divagando sobre a melhor temporada que já vi.
1994: Foi um ano confuso. Tudo desenhava para um embate épico entre Senna, na Williams, e Schumacher na Benneton, interrompido pelo acidente fatal do brasileiro na terceira corrida. Schumacher começou a disparar no campeonato, sem concorrentes, até que começou a sofrer diversas punições, ficou de fora de algumas corridas e Damon Hill se aproximou. Chegaram a última corrida com o alemão apenas um ponto na frente. Após perder o controle do carro e bater em um muro de Adelaide, Schumacher jogou seu carro sobre a Williams de Hill, encerrando o campeonato dos dois e ficando com o título. 1994 não compete para ser a melhor temporada por conta dos acidentes, das punições sobre Schumacher e do final melancólico.
1997: Jacques Villeneuve estava com a Williams, o melhor carro do ano. Mas, Schumacher na Ferrari também tinha um carro competitivo e era mais piloto. O alemão chegou a abrir alguma vantagem, mas os dois foram dividindo vitórias e Villeneuve chegou a última corrida do ano, em Jerez de la Frontera, apenas um ponto atrás. O treino classificatório foi épico, com Villeneuve, Schumacher e Frentzen cravando exatamente o mesmo tempo. Schumacher assumiu a ponta na largada e se manteve ali. Após a segunda parada nos boxes, Villeneuve começou a se aproximar e tentou a ultrapassagem. O ferrarista tentou a mesma técnica de 1994, mas acabou saindo da pista sozinho, abrindo o caminho para que o piloto da Williams conquistasse o título. 1997 foi um ano realmente animado e disputado, mas não considero que tenha sido a melhor temporada porque a impressão que ficou é a de que se o canadense não tivesse tido tantas quebras e acidentes, teria conquistado o título com mais facilidade.
1998: Em um cenário parecido com o do ano anterior, dessa vez Mika Hakkinen tinha o melhor carro do ano, a McLaren, competindo contra Schumacher. Hakkinen disparou no começo, mas permitiu a recuperação de Schumacher que empatou a disputa a duas corridas do fim. O finlandês conseguiu vencer as últimas duas etapas e levou o título. O campeonato de 98 foi disputado em alto nível e a única coisa que pesa ao contrário é que as corridas não foram das mais disputadas e a concorrência estava muito atrás de Hakkinen e Schumacher.
1999: A temporada começou com vários vencedores diferentes e sem nenhum candidato destacado ao título. Até que Schumacher quebrou a perna na sétima corrida do ano e Mika Hakkinen apareceu como óbvio candidato ao bicampeonato, porque ninguém acreditava no companheiro de Schumacher, o irlandês Eddie Irvine. Mas, a McLaren cometeu uma série de erros e foi levando a disputa com Irvine adiante e ainda dando brechas para Frentzen, em uma heroica temporada com a Jordan. Schumacher voltou na penúltima corrida na Malásia e Irvine conseguiu chegar a última corrida da temporada na liderança do campeonato, com quatro pontos de vantagem. Hakkinen conseguiu a vitória no Japão e levou o bi. A temporada de 99 foi realmente interessante e seu único problema é que Irvine disputou o título com Hakkinen. Irvine é um piloto que jamais comoveu ninguém.
2000: Desta vez, Schumacher tinha o melhor carro e abriu uma enorme vantagem no começo da temporada. Mas, de repente David Coulthard começou a ter as melhores atuações da sua vida e a ganhar corridas, depois de quebrar algumas costelas em um acidente de avião. Passado o trauma, foi seu companheiro Mika Hakkinen que engatou uma série de vitórias e conseguiu assumir a liderança do mundial após uma ultrapassagem inesquecível sobre Schumacher em Spa. Mas, o alemão venceu as últimas quatro corridas do campeonato e, depois que Hakkinen quebrou um motor em Indianapolis, Schumacher conseguiu o título na penúltima corrida do ano, em Suzuka. Eis a única mácula deste campeonato excepcional.
2003: Outra temporada maluca, com múltiplos vencedores. Coulthard, Alonso, Ralf Schumacher e Barrichello ameaçaram arrancadas, mas não foram para a frente. No meio dessa alternância, apenas três pilotos se sustentaram na briga pelo título: Schumacher, sempre ele, que pontuava pouco, mas vencia muito; Raikkonen, que venceu apenas uma corrida com a McLaren, mas pontuava sempre; e Montoya, o rei dos segundos lugares na Williams. Montoya teve problemas nos Estados Unidos e se despediu da disputa. Raikkonen chegou a última corrida precisando de um milagre para conseguir o título contra Schumacher. O alemão sofreu para conseguir o oitavo lugar em Suzuka, mas nem precisava disso para garantir seu hexacampeonato. Taí, 2003 foi das melhores temporadas que vi.
2006: Alonso começou o ano imbatível com sua Renault, rumo ao bicampeonato. Na segunda metade do campeonato, Schumacher é que se tornou imbatível e começou a tirar a diferença, buscando o título na sua temporada de despedida. Os dois chegaram empatados a duas corridas do fim. Em Suzuka, Schumacher liderava a corrida, quando seu motor estourou, permitindo a vitória de Alonso, que ficou em posição confortável para a última corrida no Brasil. Alonso garantiu o seu segundo título, enquanto Schumacher sofria com problemas mecânicos e fazia uma corrida épica para o quarto lugar. 2006 foi uma temporada disputada em alto nível por dois pilotos geniais. O porém, foi a quebra de Schumacher em Suzuka, que tirou um pouco da dramaticidade final.
2007: Temporada que começou muito disputada entre Raikkonen e Massa da Ferrari e Hamilton e Alonso, da McLaren. Massa perdeu folego no meio do caminho e Raikkonen parecia ir pelo mesmo caminho. A dupla da McLaren abriu distância e o título parecia que ficaria entre os dois. Mas, em meio a guerra interna entre Alonso e Hamilton, Raikkonen começou a reagir. Hamilton conseguiu uma vitória genial sob um dilúvio em Fuji e parecia próximo do título. Mas, cometeu um erro ridículo, ao atolar na entrada dos boxes na China e trouxe a disputa para a última corrida no Brasil. O estreante da McLaren ainda tinha sete pontos de vantagem para Raikkonen e quatro para Alonso. Mas, uma sucessão de erros do inglês permitiu o improvável título de Raikkonen, vencedor em Interlagos. O finlandês ficou um ponto a frente de Hamilton e Alonso. 2007 foi um dos campeonatos mais disputados que vi, por grandes pilotos, e com um final surpreendente. O problema é que as corridas nesse ano foram absolutamente monótonas. Quem largava na frente, permanecia ali, sem maiores incômodos.
2008: Após um começo disputado, Felipe Massa e Lewis Hamilton começaram a duelar pelo título, com Hamilton sempre um pouco na frente e com a Ferrari desperdiçando suas chances de assumir a liderança. Massa chegou a última corrida no Brasil precisando vencer e esperando que Hamilton chegasse no máximo no sexto lugar. Um resultado improvável, que se tornou possível quando Sebastian Vettel ultrapassou Hamilton a cinco voltas do final, em uma corrida confusa e cheia de chuva. Massa cruzou a linha de chegada com o resultado que precisava, mas Hamilton conseguiu ultrapassar Timo Glock, sem pneus, a poucos metros do fim e garantiu seu título. 2008 foi outra grande temporada, com coadjuvantes brilhantes, muita polêmica e o final mais impressionante da história. Compete como a melhor que já vi.
2010: Jenson Button (McLaren), Lewis Hamilton (McLaren), Mark Webber (Red Bull), Sebastian Vettel (Red Bull) e Fernando Alonso (Ferrari), brigaram pelas vitórias desde o começo do ano. Alonso ficou um pouco para trás, mas reagiu na metade final do campeonato. Button perdeu contato com os líderes na reta final e Hamilton ficou um pouco para trás. Mesmo assim, quatro pilotos chegaram a última corrida do ano em Abu Dabhi brigando pela vitória. Favoritismo para Alonso, seguido por Webber, com Vettel correndo por fora. Alonso e Webber acabaram errando de estratégia, parando nos boxes logo no começo da prova para trocar os pneus, aproveitando um Safety Car. Acabaram ambos presos atrás de Vitaly Petrov enquanto Vettel conquistou a vitória e o título mundial, em uma temporada marcada pelos seus erros infantis e por sua incrível arrancada final. 2010 foi uma grande temporada, mas de corridas chatas. Mais ou menos como 2007.
Enquanto isso, 2012 tem vários elementos para ser considerada uma das melhores temporadas da história. Este ano foi absolutamente competitivo, com os pilotos de quase todas equipes sonhando em subir ao pódio, dependendo do final de semana. Em muitas pistas, a diferença entre o 1º e o 15º ficava em menos de 1 segundo. Neste ano, também vimos um grande número de campeões mundiais, competindo em alto nível. O início da temporada foi absolutamente equilibrado e nenhuma equipe conseguiu estabelecer uma supremacia sobre as demais. Para melhorar, Vettel e Alonso disputam o ano. Os dois pilotam em seu máximo, são dois grandes pilotos tirando o limite do seu carro. Alonso consegue milagres a bordo da Ferrari e conseguiu resultados impressionantes com um carro mediano. Vettel se manteve no páreo no período em que a Red Bull enfrentou problemas e aproveitou o crescimento final da equipe para entrar na briga. Sua atuação em Abu Dhabi foi antológica. Qualquer um dos dois que conquistar o título, o fará com merecimento. Aliás, será até mesmo uma lástima o fato de que um deles irá perder.
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