Pular para o conteúdo principal

Andei Escutando (33)


Afghan Whigs – Big Top Halloween (1988): Este disco é tão obscuro, que ele sequer aparece na discografia do site oficial da banda. Mas é uma estreia com alma, em que alguns momentos já davam amostras do som que eles tocariam em seus melhores momentos.
Melhores: But Listen e Push.





Badfinger – Head First (2000): O disco perdido do Badfinger, gravado depois do calote do empresário, da briga com a gravadora e antes do suicídio de Pete Ham. Dá para perceber que é um disco amargo e desiludido, mas as canções são no máximo medianas.
Melhores: Keep Believing e Passed Fast.

Ben Folds Five – The Unauthorized Biography of Reinhold Messner (1999): Acho que o som do BFF seria a melhor definição para o que chamam Piano Rock. Mas não, não é o som fresco do Coldplay, Keane ou similares. É rock, mas sem guitarra, apenas com o piano, como Jerry Lee Lewis. Mas ok, em boa parte o disco parece mais um trabalho de jazz moderninho. Mas as duas primeiras músicas são excepcionais.
Melhores: Don’t Change your Plans e Narcolepsy.



Fleet Foxes (2008): Um disco de folk, que eu diria, é quase tribal. É um som de raíz, mas que parece se inspirar nas canções que as pessoas deviam cançar na época da Idade Média. Tudo isso cantando por uma espécie de Beach Boys modernos.
Melhores: He Doesn’t Know Why e White Winter Hynmal.

Gene Clark With the Gosding Brothers (1967): O primeiro disco solo do genial Gene Clark é bom, mas nem tanto. Não tem a consistência nem o brilho dos seus discos posteriores, e só se salva mesmo porque Clark é mestre em melodias.
Melhores: Think I’m Gonna Feel Better e I found you.

Graham Coxon - The Spinning Top (2009): Ao contrário dos outros trabalhos solos que escutei, este não é fácil. Ao invés do rock alternativo anterior, Coxon se arrisca em um disco meio folk, com preferências pelos instrumentos acústicos, como se estivesse em um recital. Dá para perceber um ar de contemplação em algumas canções. Tem hora em que a vontade é desligar o som e ir dormir. Mas em outros, a beleza das canções e de suas melodias se sobrepõe. É um disco que acaba te vencendo mais pelo cansaço, mas seu valor é inegável. Se tivesse umas três canções a menos, seria genial.
Melhores: Humble Man e Brave the Storm.

Love – False Start (1970): Se Out Here já tinha algumas influências de Jimi Hendrix, False Start parece um trabalho de Jimi Hendrix, parece que o Love é sua banda de apoio. O som é até agradável, mas parece forçado e é bem distante do som que marcou o conjunto.
Melhores: The Everlasting First e Anytime.

The Byrds – Sweetheart of the Rodeo (1968): Quando os Byrds resolviam fazer discos assim, voltados a música de raiz americana, eles eram brilhantes. Sweetheart of the Rodeo é um marco do country rock e também dos Byrds, porque eles fazem o que sabiam fazer brilhantemente, sem se aventurar em viagens psicodélicas.
Melhores: Don’t Miss Your Water e One Hundred Years from Now

The Kinks – Misfits (1978): Um disco com músicas de Ray Davies e Dave Davies sempre terá momentos brilhantes, não tenha dúvida disso.
Melhores: Trust Your Heart e Hay Fever.




The Warlocks – Rise and Fall (2001): Algumas músicas são simplesmente brilhantes. Melodias angelicais, rock pesado, blues de primeira. O problemas são as “Jams” gravadas, intermináveis, sem sentido e esquecíveis. Elas ocupam metade da duração do disco e jogam sua nota lá embaixo.
Melhores: Motorcycles e Song for Nico.

Comentários

Postagens mais visitadas

Assim que vamos

A maior parte de nós se vai dessa vida sem saber o quão importante foi para a vida de alguém. Uma reflexão dolorida que surge nesses momentos, em que pensamos que gestos simples de respeito tendem a se perder, enquanto o rancor - este sim é quase eterno.

Top 8 - Discos favoritos que ninguém liga

Uma lista de 8 discos que estão entre os meus favoritos de todos os tempos, mas que geralmente são completamente ignorados pela crítica especializada - e pelo público também, mas isso já seria esperado.  1) Snow Patrol - Final Straw (2003) Sendo justo, o terceiro disco do Snow Patrol recebeu críticas positivas quando foi lançado, ou, à medida em que foi sendo notado ao longo de 2003 e 2004. Mas, hoje ninguém se atreveria a citar esta pequena obra prima em uma lista de melhores discos dos anos 2000 e a culpa disso é mais do que o Snow Patrol se tornou depois, do que da qualidade do Final Straw . Antes deste lançamento o Snow Patrol era uma desconhecida banda escocesa de raízes norte-irlandesas, tentando domar suas influências de Dinosaur Jr. na tradicional capacidade melódica no norte da Grã Bretanha. Em Final Straw eles conseguiram juntar algum barulho suave do shoegaze com guitarras influenciadas pelo lo-fi e uma sonoridade épica, típica do pós-britpop radioheadiano. O resultado ...

Lembranças de shows

(Não que eu tenha ido em muitos shows na minha vida. Até por isso é mais fácil tentar lembrar de todos para este post/arquivo) Os Headliners (ou, aqueles que eu paguei para ver) Oasis em São Paulo, estacionamento do Credicard Hall (2006) O Oasis estava retornando ao Brasil após cinco anos, mas era como se fosse a primeira vez para muita gente. As apresentações de 1998 encerraram um ciclo produtivo ininterrupto de seis anos e a banda estava em frangalhos. Depois vieram dois discos ruins, que transformaram a banda em um dinossauro. No meio disso, uma apresentação no Rock in Rio no dia do Guns N Roses. Ou seja, a banda não apareceu por aqui nas desastrosas turnês de 2000 e 2002 (Na primeira, Noel chegou a abandonar a banda após Liam duvidar da paternidade de sua primeira filha. A turnê do Heathen Chemistry foi um desastre, com Liam cantando mal - vários shows tiveram longas sessões solo de Noel - os pulsos de Andy White não dando conta da bateria e diversas datas canceladas, seja por far...