Pular para o conteúdo principal

Andei Escutando (31)


Bob Dylan – New Morning (1970): Li certa vez que nesse disco nós temos o Bob Dylan possível, depois de uma série de discos ruins. New Morning está longe de ser excepcional, mas é um disco agradável, puxado para o Blues e para o Gospel, com vocais fortes de Dylan.
Melhores: Day of the Locusts e New Morning.

Crosby, Stills & Nash – CSN (1977): Ainda existem as boas harmonias vocais, mas os tempos são outros. Em 1977 a época do trio parece ter passado e a produção dá um clima que lamentavelmente lembra... sei lá, Phil Collins.
Melhores: See the Changes e Anything at all.

Elvis Costello – Trust (1981): Um disco bem sem graça.
Melhores: Fish ‘n’ Chip Papers e Clubland.

Gene Clark – No Other (1974): Disco repleto de músicas épicas. Meio forçado às vezes, mas todas as músicas são boas.
Melhores: Some Misunderstanding e No Other.

Gram Parsons – GP (1973): É aquela história. O country puro, pode até ser respeitoso, mas é chato pra caramba. Os melhores momentos do disco ocorrem quando GP flerta com ritmos próximos, como o blues.
Melhores: She e Big Mouth Blues.

Green Day – American Idiot (2004): Curioso escutar o mega-sucesso de 2004, agora em 2012. Como essas músicas tocaram! Mas, no fundo, é um trabalho metido a conceitual e ambicioso. Várias músicas naquele clima de “Forever Young”.
Melhores: Holiday e Extraordinary Girl.

Nick Drake – Bryter Layter (1970): Em alguns momentos eu percebi: Nick Drake é o pai do Belle & Sebastian. Disco mais refinado de Nick Drake, mas que não escapa da sonolência em diversas músicas instrumentais cansativas. Depois de escutar os três discos da lenda do folk britânico, posso dizer que ele não me marcou.
Melhores: One of these days first e At the Chime of a City Clock.

Os Mutantes – Jardim Elétrico (1971): Jardim Elétrico é um disco mais convencional, dentro do padrão mutante. As composições tem sua estrutura de verso e refrão bem definidas. A loucura fica nas letras insanas, mas sem tantos efeitos sonoros. Um disco correto.
Melhores: Virgínia e It’s Very Nice pra Xuxu.

The Bluetones – A New Athens (2010): Dá pra perceber que eles tentaram fazer uma despedida digna. Mas, em vão. O último disco dos Bluetones é bem fraco.
Melhores: Firefly e Half the size of Nothing.

The Rolling Stones – Some Girl (1978): Ainda existem grandes momentos e o mundo concorda que este foi o último álbum marcante dos Stones. Mas, em alguns momentos já dá pra perceber aquela sonoridade chata, de uma ex-banda em atividade. Volta Mick Taylor!
Melhores: Just my Imagination e When the Whips Come Down.

Comentários

Postagens mais visitadas

Assim que vamos

A maior parte de nós se vai dessa vida sem saber o quão importante foi para a vida de alguém. Uma reflexão dolorida que surge nesses momentos, em que pensamos que gestos simples de respeito tendem a se perder, enquanto o rancor - este sim é quase eterno.

Top 8 - Discos favoritos que ninguém liga

Uma lista de 8 discos que estão entre os meus favoritos de todos os tempos, mas que geralmente são completamente ignorados pela crítica especializada - e pelo público também, mas isso já seria esperado.  1) Snow Patrol - Final Straw (2003) Sendo justo, o terceiro disco do Snow Patrol recebeu críticas positivas quando foi lançado, ou, à medida em que foi sendo notado ao longo de 2003 e 2004. Mas, hoje ninguém se atreveria a citar esta pequena obra prima em uma lista de melhores discos dos anos 2000 e a culpa disso é mais do que o Snow Patrol se tornou depois, do que da qualidade do Final Straw . Antes deste lançamento o Snow Patrol era uma desconhecida banda escocesa de raízes norte-irlandesas, tentando domar suas influências de Dinosaur Jr. na tradicional capacidade melódica no norte da Grã Bretanha. Em Final Straw eles conseguiram juntar algum barulho suave do shoegaze com guitarras influenciadas pelo lo-fi e uma sonoridade épica, típica do pós-britpop radioheadiano. O resultado ...

Lembranças de shows

(Não que eu tenha ido em muitos shows na minha vida. Até por isso é mais fácil tentar lembrar de todos para este post/arquivo) Os Headliners (ou, aqueles que eu paguei para ver) Oasis em São Paulo, estacionamento do Credicard Hall (2006) O Oasis estava retornando ao Brasil após cinco anos, mas era como se fosse a primeira vez para muita gente. As apresentações de 1998 encerraram um ciclo produtivo ininterrupto de seis anos e a banda estava em frangalhos. Depois vieram dois discos ruins, que transformaram a banda em um dinossauro. No meio disso, uma apresentação no Rock in Rio no dia do Guns N Roses. Ou seja, a banda não apareceu por aqui nas desastrosas turnês de 2000 e 2002 (Na primeira, Noel chegou a abandonar a banda após Liam duvidar da paternidade de sua primeira filha. A turnê do Heathen Chemistry foi um desastre, com Liam cantando mal - vários shows tiveram longas sessões solo de Noel - os pulsos de Andy White não dando conta da bateria e diversas datas canceladas, seja por far...