E lá está o calango subindo a árvore. Fazia um certo tempo que os calangos não apareciam aqui em casa.
Houve uma época em que minha rua tinha preás, tamanduás e se bobear até as históricas capivaras. Talvez seja o preço da civilização, mas todos desapareceram. Assim como os vagalumes. Os macacos. Algumas espécies sortidas de pássaros que já habitaram a região. Os calangos foram os últimos da resistência.
Foram depois que os sininbús também foram. Até os sapos minguaram. Em seu lugar ficaram as cercas elétricas e o assaltante da beira do rio. Maldita civilização, maldito progresso.
Espero que os calangos continuem por aí, andando em muros e árvores. Eram uma vizinhança mais simpática.
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