(Não que eu tenha ido em muitos shows na minha vida. Até por isso é mais fácil tentar lembrar de todos para este post/arquivo)
Os Headliners
(ou, aqueles que eu paguei para ver)
Oasis em São Paulo, estacionamento do Credicard Hall (2006)
O Oasis estava retornando ao Brasil após cinco anos, mas era como se fosse a primeira vez para muita gente. As apresentações de 1998 encerraram um ciclo produtivo ininterrupto de seis anos e a banda estava em frangalhos. Depois vieram dois discos ruins, que transformaram a banda em um dinossauro. No meio disso, uma apresentação no Rock in Rio no dia do Guns N Roses. Ou seja, a banda não apareceu por aqui nas desastrosas turnês de 2000 e 2002 (Na primeira, Noel chegou a abandonar a banda após Liam duvidar da paternidade de sua primeira filha. A turnê do Heathen Chemistry foi um desastre, com Liam cantando mal - vários shows tiveram longas sessões solo de Noel - os pulsos de Andy White não dando conta da bateria e diversas datas canceladas, seja por faringites ou acidentes de carro, ou mesmo por uma prisão de Liam após uma briga em um bar).
Para a turnês do Don't Believe the Truth tudo parecia diferente. A banda ia se ajeitando musicalmente com Zak Starkey na bateria, o disco era bom e havia no ar aquela expectativa. Pensando em retrospectiva, é lógico que eu iria adorar. Foi meu primeiro grande show e ainda com a banda que marcou minha adolescência. Lembro que logo que a multidão começou a pular em Turn Up the Sun eu sabia que tinha valido a pena. O céu desabou no meio da segunda canção, Lyla, dando início a uma chuva que talvez tenha aumentado a energia e a conexão público-artista. "Chove como Manchester, hã?" Disse Noel antes de The Masterplan. Ou teria sido antes de The Importance of Being Idle, cujo verso "I lost my faith in the summertime... Cause it don't stop raining" foi cantando de forma comovente.
No fim, uma rara concessão da banda ao público: a clássica Supersonic foi cantada pela primeira vez na turnê após insistentes pedidos - o setlist previa Guess God Thinks I'm Abel e o sample dela chegou a ser solto nas caixas de som antes de Zak começar a clássica introdução na bateria. Isso depois de um público encharcado cantar a plenos pulmões e à capella Don't Go Away na pausa antes do Bis. Inesquecível.
Oasis em São Paulo, Arena Anhembi (2009)
A única coisa que me fez ir ao show do Oasis na Arena Anhembi em 2009 foi a plena convicção de que a banda estava acabando. No palco isso era claro, com uma banda sem química. O local era bem maior do que o de 2006, o que fez com que ele não estivesse tão lotado. O público desconexo não ajudava, com muita gente sem parar de conversar e esperando apenas por Wonderwall. A voz do Liam estava melhor do que em 2006, mas o show terminou com um sentimento estranho. De fato, a banda se separou pouco menos de cinco meses depois disso.
Los Hermanos em Brasília, estacionamento do Ginásio Nilson Nelson (2012)
O Los Hermanos acabou em meados de 2007, mas nunca deixou de aparecer, vez por outra. Em 2012 eles fizeram sua primeira grande turnê nacional em homenagem aos 15 anos de fundação. Estive no show deles no estacionamento do Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, que foi exatamente o que se poderia esperar de uma banda que construiu uma grande conexão com seus fãs. Músicas berradas por todos os presentes, hinos indies para jovens deprimidos cantados com imensa alegria e, na minha cabeça, uma versão inesquecível de Além do Que se Vê. Rodrigo Amarante ainda cantou uma versão de Tempo Perdido do Legião, em homenagem ao solo brasiliense. Grande show.
Os Paralamas do Sucesso em Cuiabá, Musiva (2015)
No fim de 2015 eu era um recém casado e fui assistir a apresentação dos Paralamas do Sucesso na casa de shows Musiva, em Cuiabá. Acústica ótima, banda afiada, um Herbert Vianna sisudo, como talvez não poderia deixar de ser. Tecnicamente, o primeiro CD que adquiri na minha vida - no distante ano de 2001, ou seria de 2002, foi o Arquivo 2 deles. E o show, que defendia os 30 anos de carreira da banda, foi um desfile implacável de hits. Não deve ter faltado nenhum, ou talvez tenha, mas do início ao fim não houve um momento em que alguém não soubesse qual música eles estavam cantando.
Radiohead em São Paulo, Allianz Parque (2018)
Quem foi ao show do Radiohead na primeira passagem da banda pelo Brasil em 2009, fala que a magia foi semelhante a de poder assistir a seleção do Brasil na Copa de 1970. Na segunda passagem deles, em 2018, talvez tenha sido mais como ver o Brasil de 2002. Eficiente, com momentos de beleza, mas talvez não absolutamente genial. O início do show com Daydreaming foi um deslumbre. Exit Music foi tocada e cantada como se fosse algo sagrado - e quem duvida que realmente seja. As músicas do In Rainbows crescem absurdamente, até por conta da dedicação da banda a esse disco - Weird Fishes foi impressionante. Por outro lado, irrita um pouco o desdém com o The Bends - My Iron Lung merecia um pouco mais de apreço e ninguém talvez queira escutar duas músicas do The King of Limbs e, ainda, The Gloaming. Senti falta de Karma Police e The National Anthem. Mas, o Radiohead é fundado em sua autenticidade e isso não falta nunca.
Já assistir o Paul McCartney no Maracanã em 2023 foi mais ou menos como assistir a Seleção de 70 mesmo, só que jogando ainda hoje. Não duvido que Gérson, Rivelino, Tostão, Jairzinho e Clodoaldo ainda sejam capazes de alguns momentos de magia com a bola no pé, mesmo quase ou já octogenários. Paul entrega tudo no palco, defende suas canções solo com a mesma intensidade com que canta um hit inesquecível dos Beatles e entrega entretenimento. Let Me Roll it é uma beleza só e a versão intimista de Something é capaz de arrepiar de uma forma que eu jamais imaginei. A aparição de John para cantar I've Got a Feeling derruba qualquer clichê de emotividade e no final todo mundo vai para casa feliz.
Wilco no C6 Fest em São Paulo, Parque do Ibirapuera (2025)
Banda forjada para ser a favorita de algumas poucas pessoas - e completamente desconhecida pela imensa maioria do restante da humanidade, o Wilco faz uma apresentação irretocável. A qualidade sonora da banda é impressionante e cada instrumento é um espetáculo à parte. Uma aula de como fazer incríveis qualidades individuais brilharem por si só, mas ainda assim formarem um conjunto extremamente poderoso. Via Chicago surge como um resumo da noite, com Jeff Tweedy cantando sobre um feminicida que foge para sua cidade em uma melodia linda, com guitarras maravilhosas e um barulho terrível. Handshake Drugs passa a fazer total sentido e no final o público saí satisfeito, de uma maneira indescritível, com o sorriso de quem teve 90 minutos consecutivos de prazer.
Gilberto Gil em Brasília, Estádio Mané Garrincha (2025)
Gil sobe aos palcos pela última vez e mostra que sua alma sempre cheirará a talco. Ele nem precisava se esforçar muito, mas o público veio junto para acompanhar a história da música brasileira em músicas como Domingo no Parque, Back to Bahia e Expresso 2222. Cálice surge de maneira incrivelmente comovente. Não Chore Mais surpreende pela energia e Aquele Abraço é inesquecível. No fim, Toda Menina Baiana faz a pista pular ao som das maravilhas e misérias do mundo.
Festivais e Oportunidades
(Muitas vezes a vida te coloca para ver um show que você não fazia ideia)
Os Paralamas do Sucesso em Cuiabá, Orla do Porto (2018)
Nas comemorações do fim do ano de 2018, Os Paralamas voltaram para Cuiabá e se apresentaram na Orla do Porto. O show fazia parte da turnê Sinais do Sim e contava até com uma versão meio dub de uma música natalina. O clima é diferente, porque uma coisa é dominar uma casa de shows que pagou para te ver, outra é encantar pessoas dispersas e meio alcoolizadas em um espaço público. Mas, ninguém resiste à Lanterna dos Afogados.
Moptop abrindo para o Oasis no Credicard Hall (2006)
Quando o Moptop foi anunciado para abrir a apresentação do Oasis em 2006, quase todo mundo se perguntou "quem?". Ninguém se interessou muito pela banda e eles tiveram a difícil missão de distrair um público notoriamente chato. A apresentação provavelmente durou meia hora levando seus riffs estilo Strokes para um público desinteressado. Apesar de ter escutado o disco depois, estaria mentindo se falasse que lembro de mais detalhes.
Cachorro Grande abrindo para o Oasis na Arena Anhembi (2009)
Já o Cachorro Grande em 2009 foi uma escolha mais acertada para o supracitado público notoriamente chato. Sinceramente promoveu uma dança de braços e houve um cover de Helter Skelter, meio catártico/meio patético. Temi pela garganta de Beto Bruno, mas seus gritos mantiveram o público aquecido.
The Last Dinner Party no C6 Fest (2025)
Quando soube que elas estariam no palco antes do Wilco, escutei seu principal hit Nothing Matters e mais alguns highlights, sem prender muita atenção. Ao vivo o grupo cresce, com várias canções ganhando corpo, especialmente The Sinner e My Lady of Mercy. A vocalista promoveu um espetáculo à parte e a juventude fez a festa. Foi bonito.
Nile Rodgers no C6 (2025)
Show que assisti pelos telões, enquanto tentava comer uma pizza. Um grande baile de formatura, talvez a maior banda de formatura do mundo. Sei que esse comentário não é nenhuma exclusividade ou originalidade minha, mas é certeiro.
Duda Beat no Festival Baguncinha em Cuiabá, Parque de Exposições (2023)
Ela tem aquela música do Bichinho, e não sabia muito mais do que isso. Mas, Duda Beat fez uma bela apresentação, com o público em suas mãos. Entregou coreografias, músicas com grande apelo pop em seu sotaque charmoso, enfim, um show pop contemporâneo que não deve em nada a grande estrelas - e ainda com um som majoritariamente orgânico.
Mark Forster no Portão de Brandemburgo em Berlim (2017)
O dia 3 de outubro é uma data especial na Alemanha, quando eles comemoram o Dia da Unificação Alemã. Por coincidência, eu estava chegando em Berlim neste dia e, após visitar o prédio do Reichstag alemão, percebemos uma certa movimentação em torno do Portão de Brandemburgo. Um palco foi montado para comemorar a unificação. Entre uma cerveja Berliner Kindl e outra, acompanhamos o show de Mark Forster - ilustre desconhecido para nós, mas que tem alguns hits na Alemanha incluindo um chamado Au Revoir, cantando com garra por adultos e crianças, gerando um momento bonito - não faço a menor ideia do que a letra - uma espécie de rap em alemão, diz. Mas foi legal
Otto cantando Reginaldo Rossi no Teatro dos Bancários em Brasília (2024)
Você viaja para acompanhar sua esposa em alguns compromissos em Brasília e amigos avisam: tem show do Otto hoje, de graça. Certo, não era um show dele relembrando o clássico Certa Manhã, mas sim interpretando versões do ídolo brega Reginaldo Rossi. O pernambucano sobe ao palco com um figurino de Elvis decadente e se dedica de corpo e alma à sofrência. Tudo soa incrivelmente brega, como o planejado. O público se divide entre o real interesse e a galhofa, mas se diverte em ambos os casos. Vou embora um pouco antes do final.
Vem pra Arena
(Em 2015 o Governo de Mato Grosso começou a promover o festival Vem Pra Arena, uma tentativa de ocupação pública do espaço meio ocioso da Arena Pantanal pós-Copa do Mundo. Durante dois ou três anos em periodicidade que não me lembro, diversos artistas regionais e nacionais foram para lá)
Frejat: Cantou grandes sucessos de sua carreira solo, do Barão Vermelho e tenho a impressão de quase qualquer coisa meio pop/rock dos últimos 30 anos (na época ainda era dos últimos 30 anos). Não sei também se ele por algum acaso já gravou todas as canções. Show despretensioso que assisti sentado na arquibancada enquanto senhores equilibravam latinhas de cerveja na barriga.
Tulipa Ruiz: Apenas um projeto desse tipo poderia trazer um nome como Tulipa Ruiz para tocar no Brasil e tenho alguma convicção de que de certa forma eu influenciei a escolha dela como atração (tipo efeito borboleta). Mostra a diferença entre atrações populares como o supracitado Frejat e estrelas indie de alcance minúsculo. Assisti quase no gargarejo ao lado de alguns amigos e mais uns 100 gatos pingados que viram sua incrível performance vocal ao vivo. No final ainda tirei fotos com ela.
Lenine: como profundo desconhecedor da obra do pernambucano, assisti o show meio alheio. Mas o público estava emocionado cantando Paciência.
Zeca Baleiro: Cantou todas as suas músicas que já tocaram em novelas e filmes, mostrando domínio de palco e público. No fim fez uma versão arrasadora de Heavy Metal do Senhor, mostrando que no fim das contas o Hard Rock não é nenhum mistério.
Almir Sater: Encantou por sua habilidade durante duas músicas, até que um temporal bíblico começou a cair e encerrou o show por questões de segurança. Ele ainda brindou o público com uma jam que era uma espécie de pacto caipira com o demônio enquanto o céu desabava. Foi bonito.
Billy Espíndola: o autoproclamado inventor da guitarra de cocho era uma atração onipresente no festival. De vez em quando junto com o incrível magro de bigodes, em outra vez solo, acho que até com uma banda, sempre fazendo sua versão roqueira do clássico do Lambadão Toque Toque DJ, do falecido Chico Gil.
Do nada
(Você vai acompanhar a esposa em um evento social qualquer, ou está em uma festa e descobre que haverá uma atração famosa por lá)
Biquíni Cavadão: posse de diretoria de uma organização. Acho que eles já se chamavam apenas Biquíni (não mais cavadão). Show com todos os elementos clichês de entretenimento, que eu, que não ligo muito para eles, acompanhei meio alheio.
Gabriel, o Pensador: O homem que a mais tempo sustenta o mesmo visual no Brasil cantou todos os seus clássicos que torraram nossa paciência nos anos 90 durante a entrega de um prêmio. Também não sei se ele fez outras músicas desde então. Uma mostra de que nem tudo funciona como nostalgia.
Tchakabum: Era o mesmo prêmio, que desta vez trouxe uma performance do mítico (?) grupo de axé, aquele que explodiu com a música da Turma do Avião. Que apesar de ser do avião fala sobre piratas e tubarões. Aquela do Onda, Onda. Pois bem, quando eles começaram o show com uma versão estendida, de aproximadamente uns 12 minutos, de Onda, Onda eu pensei "fudeu, eles não vão ter o que fazer na próxima hora". Eles, no entanto, emendaram uma sequência de clássicos do Axé, mostrando o lado meio Creative Commons da música brasileira.
Monobloco: assisti em uma formatura depois de seis drinks. Só me lembro disso e de estar delirando em uma versão cheia de batuque de A Sombra da Maldade do Cidade Negra. Pensando bem, não sei se era essa música e nem se realmente era o Monobloco, ou outra banda similar. Talvez tenham sido sete drinks.
O Grito Rock
Lá por 2007 ou 2008 eu fui ao Festival Grito Rock, realizado em um sábado de carnaval no Clube Feminino. A grande atração da noite foi o grupo paulista Forgotten Boys. Eu, como bom jovem estranho, conhecia a banda e tinha até um CD deles (Stand by the D.A.N.C.E. - comprado em detrimento de It's Only Rock 'N Roll dos Stones). Bem, eu era um garoto capaz de reconhecer o Chuck Hipolitho sentado na mesa ao lado na pizzaria O Pedal em Perdizes, muito porque ele estava junto com sua então namorada Débora Falabella.
Pois bem, em um ambiente esfumaçado com muitos jovens tendo suas primeiras experiências alcóolicas e psicotrópicas assisti quase uma dezena de shows de meia hora até o Forgotten Boys aparecer pouco depois das 3 da madrugada. Pouco me lembro, mas por sorte escrevi um texto na época que me faz lembrar de alguns nomes como os Dead Smurfs que promoveram uma grande roda punk, os Nicles que sofreram muito para sair do Acre e chegar em Cuiabá, os góticos do Technicollor, a banda local feminina Lazy Moon, A Sexta Geração da Família Paim do Norte da Turquia, Vanguart e os Pleyades, que foram um pouco traumáticos em sua tentativa de misturar Systen of Down com discursos de Renato Russo e pedidos não atendidos por roda punk.
Acho que poderia ter assistido o show do Forgotten Boys apoiado na caixa de som, mas devo ter preferido ficar no meio do salão. Tocaram boa parte dos seus "sucessos" do Stand by the D.A.N.C.E., um cover acelerado de Dizzy Miss Lizzy e encerraram com I Wanna Live Untill I Die, com destruição de bateria. Se eu não fosse tão blasê, teria gostado mais.
Capítulo Especial: Vanguart
Vanguart é certamente a banda que eu mais vi ao vivo na minha vida. Vi quando eles fizeram as bandas anteriores parecerem amadoras no Grito Rock. Vi eles no mesmo Clube Feminino. No Saguão do IL da UFMT. Em um evento na abertura da Copa de 2014. Duas vezes no Vem pra Arena, em uma delas cantando Raul Seixas com a Orquestra de Mato Grosso. (Poderia também citar as inúmeras vezes em que não vi Vanguart na Casa Fora do Eixo, na praça Santos Dummont em um festival Calango ou em um recente Baguncinha).
Uma das primeiras vezes foi em um intervalo da faculdade. Havia certo burburinho e quando chegamos no saguão do IL, Hélio Flanders e companhia (então o quinteto original) começaram a tocar a dobradinha Sgt. Peppers / With a Little Help From My Friends, sem palco nem nada. Outra das primeiras vezes foi no já citado Grito Rock, em que eles atrasaram a programação em cerca de meia hora, mas nesse tempo conseguiram equalizar o som bagunçado que reinava no local. O primeiro show completo foi no Clube Feminino no dia do aniversário de uma amiga - que depois seria minha namorada e depois casamos.
Desses primeiros shows lembro do frisson de quando eles começaram a cantar em português. Semáforo era uma verdadeira catarse, com meninas dançando de olhos fechados e Flanders cantando como um mensageiro do apocalipse. Havia muitos covers dos Beatles - lembro bem de versões de Eight Days a Week e Dig a Pony, além de outro de Baby, do Caetano.
O Vanguart ainda era uma banda em construção no meio de nós. O baixista Reginaldo era visto colando cartazes de show no saguão - o Instituto de Linguagens da UFMT devia ser a maior fanbase do grupo, o guitarrista David fez umas duas aulas de Teoria da Comunicação na minha turma. As letras em inglês eram pequenas bobagens, mas o público já curtia.
Voltei a vê-los uns seis anos depois, no dia 12 de junho de 2014, que era Dia dos Namorados, mas também foi a data da abertura da Copa do Mundo do Brasil. Era a véspera do primeiro jogo em Cuiabá e o local estava tomado por chilenos, que talvez não tivessem lugar para dormir. A evolução da banda - então um sexteto - era incrível, com o violino de Fernanda Kotschak adicionando novas camadas às velhas canções. Hélio cantava cada vez mais seguro e Muito Mais que o Amor era um grande disco.
Alguns meses depois, o show deles no primeiro Vem Pra Arena foi praticamente idêntico. Mais alguns meses e eles tocaram covers de Raul Seixas acompanhados da Orquestra de Mato Grosso em show bonito que colocou pessoas de todas as idades para cantarem Tente Outra Vez. Mas o que mais me lembro é que eles conseguiram promover uma apoteose ao cantar Mosca na Sopa.
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