Um dia em meado de outubro e eu estou no aeroporto de Guarulhos. Estava no meio de umas férias, talvez no final, em uma dessas tantas conexões que sempre tem Guarulhos como eixo central. Na espera para meu voo, vejo passar a delegação da Chapecoense. Não lembro o dia, mas sei que era uma segunda-feira. A equipe podia estar voltando para Chapecó após uma partida no domingo, ou partindo de Chapecó para algum lugar no mundo. Pouco mais de um mês depois, estão todos mortos.
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Especialistas, sempre eles, falam que tragédias, mortes em acidentes durante viagens estão entre as mais traumáticas que familiares e amigos podem enfrentar. Isso porque, há a lembrança da partida tranquila e não há a volta. Há essa angustia do ente que foi e que não voltou, do avião que nunca chegou, do carro que se perdeu em algum lugar do longo caminho. O saguão do aeroporto sem as pessoas que deviam estar lá, as esteiras das bagagens em uma eterna espera pelas malas que jamais vão chegar.
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Chapecoense, desses times pequenos e simpáticos, para os quais não há como se torcer contra. Time jovem, de cidade pequena, com pouca tradição, mas que faz um trabalho sério. Prestes a viver o maior momento de sua histórias, em uma jornada gloriosa que já seria digna de um filme, que até ontem ainda tinha a expectativa de um final feliz.
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Como seu último ato no futebol, o goleiro Danilo - ídolo maior da torcida chapecoense - fez um pequeno milagre que garantiu a vaga da Chape na final da Copa Sul-Americana. O zagueiro Angeloni do San Lorenzo finalizou a poucos metros do gol e, com o pé, Danilo salvou o gol da eliminação aos 48 do segundo tempo. Defesa que garantiu o momento mais feliz da vida da torcida em Chapecó, provavelmente da vida de Danilo. Uma semana depois ele estaria morto. Resgatado com vida, mas não resistiu aos ferimentos.
Ironia da vida. Se Danilo não alcançasse àquela bola, a Chapecoense teria sido eliminada no último minuto, na maior tragédia futebolística possível. O time passaria uma semana com o amargo gosto do fim do sonho e não teria embarcado para a Colômbia. A glória que precede a tragédia. Ninguém poderia saber. A vida é cheia de ironias, a vida não é para principiantes.
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Chapecó, cidade de 170 mil habitantes no Oeste catarinense. A final sul-americana provavelmente é um dos maiores momentos esportivos para a imprensa local. Muitos estavam no avião para esta grande experiência profissional. Todos mortos. Nada faz sentido.
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Especialistas, sempre eles, falam que tragédias, mortes em acidentes durante viagens estão entre as mais traumáticas que familiares e amigos podem enfrentar. Isso porque, há a lembrança da partida tranquila e não há a volta. Há essa angustia do ente que foi e que não voltou, do avião que nunca chegou, do carro que se perdeu em algum lugar do longo caminho. O saguão do aeroporto sem as pessoas que deviam estar lá, as esteiras das bagagens em uma eterna espera pelas malas que jamais vão chegar.
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Chapecoense, desses times pequenos e simpáticos, para os quais não há como se torcer contra. Time jovem, de cidade pequena, com pouca tradição, mas que faz um trabalho sério. Prestes a viver o maior momento de sua histórias, em uma jornada gloriosa que já seria digna de um filme, que até ontem ainda tinha a expectativa de um final feliz.
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Como seu último ato no futebol, o goleiro Danilo - ídolo maior da torcida chapecoense - fez um pequeno milagre que garantiu a vaga da Chape na final da Copa Sul-Americana. O zagueiro Angeloni do San Lorenzo finalizou a poucos metros do gol e, com o pé, Danilo salvou o gol da eliminação aos 48 do segundo tempo. Defesa que garantiu o momento mais feliz da vida da torcida em Chapecó, provavelmente da vida de Danilo. Uma semana depois ele estaria morto. Resgatado com vida, mas não resistiu aos ferimentos.
Ironia da vida. Se Danilo não alcançasse àquela bola, a Chapecoense teria sido eliminada no último minuto, na maior tragédia futebolística possível. O time passaria uma semana com o amargo gosto do fim do sonho e não teria embarcado para a Colômbia. A glória que precede a tragédia. Ninguém poderia saber. A vida é cheia de ironias, a vida não é para principiantes.
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Chapecó, cidade de 170 mil habitantes no Oeste catarinense. A final sul-americana provavelmente é um dos maiores momentos esportivos para a imprensa local. Muitos estavam no avião para esta grande experiência profissional. Todos mortos. Nada faz sentido.
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