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Quem vai ser o craque da Copa?

Eis uma pergunta difícil de responder e que dificilmente confirma as expectativas. Ronaldo era pra ter sido o craque da Copa de 98 (quase foi) e não em 2002. A Copa que era pra ser do Zidane foi justamente aquela em que ele menos jogou bola (vítima de uma lesão muscular) e o próprio Cannavaro teria um acesso de riso se lhe falassem que ele seria o melhor jogador da Copa de 2006 (barbada que seria Ronaldinho Gaúcho).

Em 2010 cinco jogadores brigaram pelo título de melhor da Copa. Iniesta, autor do gol do título espanhol ainda era visto como o coadjuvante de luxo do time de Messi e Xavi. David Villa sempre foi um bom atacante, mas ninguém imaginava que ele concorreria ao posto. Sneijder vinha de uma grande temporada europeia, mas que chamava a atenção na seleção holandesa era Robben. Thomas Müller era um garoto e ninguém poderia imaginar que ele seria o artilheiro da competição. Já Forlán vinha de uma boa temporada, mas a própria seleção uruguaia parecia carta fora do baralho.

Para 2014 os dois nomes que saltam aos olhos para ser o craque da Copa são os dois melhores jogadores de futebol dos últimos seis anos. Mas eles chegarão lá com um ponto de interrogação em suas testas.

Messi acaba de disputar a pior temporada de sua carreira. Parece que nunca recuperou o ritmo depois de uma lesão muscular sofrida em março de 2013. Um ano e meio de atuações medianas ou boas, mas longe daquele jogador espetacular de 2011/2012. Será que ele está se poupando para a Copa? Difícil apostar.

Cristiano Ronaldo voou na última temporada européia e fez gol de todas as maneiras possíveis. Mas, também chega se recuperando de uma lesão que lhe fez andar em campo na final da Champions League. Lesão que já se arrasta por uns dois meses. Como ele vai chegar ao Brasil? Dúvidas.

Neymar é o cara do Brasil, mas vem de uma temporada bem insatisfatória. Não se adaptou ao Barcelona, brilhou muito pouco, mas, parece que joga muito mais a vontade quando está na seleção brasileira.

A seleção alemã chama mais a atenção pelo seu conjunto, sem um jogador que se destaque como possível craque de um torneio. A Itália também não tem muito brilho individual, além do despirocado Balotelli. Luis Suárez jogou de maneira monstruosa pelo Liverpool, mas passará por uma artroscopia no joelho e ninguém sabe como vai estar até a estreia. Robin van Persie? A Holanda parece estar decadente. Wayne Rooney? Não parece fazer o estilo. Yayá Touré joga muito, mas não dá para imaginar um craque do torneio num time que não alcance pelo menos as semifinais e é difícil imaginar que a Costa do Marfim estará por lá. Iniesta pode brilha de novo, mas a seleção espanhola parece muito menos mágica do que era até dois anos atrás, fruto do envelhecimento de peças-chaves para o time.

É possível imaginar em grandes coadjuvantes e revelações, isso sim. O jovem Sterling pode fazer alguma coisa na Inglaterra. Hazard pode brilhar na Bélgica, Paul Pogba é a esperança francesa, Di Maria se credencia como o argentino no melhor momento técnico.

Mas quem poderá saber? Geralmente todo mundo quebra a cara na expectativa sobre craque da Copa.

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