Sempre achei graça naqueles diálogos aleatórios que nós pescamos no cotidiano. Aquele diálogo meio surreal que você acompanha parcialmente quando passa por duas pessoas conversando. Ou quando alguém fala no telefone e você só pega um lado. Sempre fiquei imaginando o resto da conversa, coisa minha.
Hoje passei por um diálogo aleatório, talvez o melhor da minha vida. Descia a escada de uma repartição pública, rumo ao estacionamento. Parei para esperar o carro e olhei a hora no celular. Escutei uma senhora sentada numa mureta, conversando com uma interlocutora desconhecida, dentro de um carro.
- Sabe os grandes lábios? Aquela parte maior de fora. Ai tem os pequenos lábios, foi lá que ela cortou.
- No clitôris? (sic)
- Não, não foi no clitóris.
- No grelo!
- Não aquilo ali não é grelo. Foi nos pequenos lábios.
Um diálogo tão fascinante que eu pensei até em subir a escada de volta e interagir. Foi isso mesmo que eu escutei? Quem é que cortou o grelo? Como foi isso.
Até me desconcentrei do celular. Nem consegui captar o resto da conversa. Fui embora.
Hoje passei por um diálogo aleatório, talvez o melhor da minha vida. Descia a escada de uma repartição pública, rumo ao estacionamento. Parei para esperar o carro e olhei a hora no celular. Escutei uma senhora sentada numa mureta, conversando com uma interlocutora desconhecida, dentro de um carro.
- Sabe os grandes lábios? Aquela parte maior de fora. Ai tem os pequenos lábios, foi lá que ela cortou.
- No clitôris? (sic)
- Não, não foi no clitóris.
- No grelo!
- Não aquilo ali não é grelo. Foi nos pequenos lábios.
Um diálogo tão fascinante que eu pensei até em subir a escada de volta e interagir. Foi isso mesmo que eu escutei? Quem é que cortou o grelo? Como foi isso.
Até me desconcentrei do celular. Nem consegui captar o resto da conversa. Fui embora.
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