(Artigo para o Centro Burnier. Parece meio prepotente chamar qualquer texto de artigo, não é?) Costumo a falar que o maior calor que eu já passei na minha vida foi em um mês de janeiro em Porto Alegre. A frase, dita por um morador de Cuiabá, soa como uma espécie de provocação barata, uma vez que Cuiabá é famosa justamente pelo seu calor, destacado pelas garotas do tempo dos mais variados telejornais. Por outro lado, por mais estranho que possa ser, Cuiabá é um dos lugares em que mais passo frio e já escutei pessoas de fora que também falam isso. É tudo uma questão de preparo. O fator surpresa é essencial para estabelecer a sua sensação térmica. Em Porto Alegre, todos estão preparados para o frio. As pessoas guardam em seus guarda-roupas as maiores variedades de calças, jaquetas, moletons, casacos, cachecóis, sobretudos e gorros que os manterão aquecidos. Suas casas têm aquecedores e são projetadas para manter a família sã e salva do frio do lado de fora. Agora, quando o calor chega...
Op. Cit, Ô psit, Ópio City