Sei que chegamos um pouco depois do almoço e logo estávamos almoçando em um restaurante mais ou menos natural do plano piloto. Fomos para Brasília para o aniversário de uma amiga e como era Carnaval, resolveram que devíamos ir em um bloco. Estava desconfiado, porque o carnaval sempre me pareceu uma coisa muito opressora, que não se adequava muito ao meu perfil.
Quando fui ver já estavam todos se arrumando e passando glitter na cara. Fui apresentado a Skol Beats, que eu nem sabia o que era. O gosto era realmente diferente, aquilo não se parecia nem um pouco com cerveja, mas deixava bêbado bem rápido e só depois eu fui descobrir que o teor alcoólico daquilo era o dobro de uma cerveja comum.
Então estávamos todos sendo deixados pelos seus respectivos motoristas de Uber em algum lugar amplo de Brasília, onde um trio elétrico tocava músicas engraçadas, de tão saudosistas. Cada Skol Beats ingerida como se fosse uma cerveja normal aumentava minha embriaguez. Alguém foi ao banheiro e se perdeu. Estávamos todos suados debaixo de um sol forte.
A festa terminou, o dia já estava para escurecer. Voltamos caminhando pelo eixão, pelo eixinho, por alguma avenida que amontoa consoantes. Pessoas dançavam, pessoas choravam, ninguém tinha total domínio sobre a razão. Carros e humanos conviviam no mesmo espaço de maneira harmônica, porém um tanto quanto perigosa. Três pessoas empurravam um carro, minha esposa viu e saiu correndo para ajudar. Eu ri que quase cai no chão.
Depois de outro Uber estávamos em uma pizzaria no plano piloto onde o objetivo era cada um comer um pedaço para matar a fome e ir no banheiro. O banheiro ficava escadaria abaixo e foi um tanto quanto perigoso chegar lá no estado em que estava. O pedaço de pizza logo se transformou em uma quantidade enorme de pizzas inteiras que todos comiam esfomeados depois de uma tarde desidratando e pulando e dançando e andando ou ficando parados no sol. Não demorava um minuto para que a pizza de abobrinha desaparecesse da mesa. Estávamos em, sei lá, 15 pessoas, não sei nem como achamos lugar para que todos sentássemos.
Depois que finalmente paramos de comer a pizza, voltamos a pé para casa, passando por sob um túnel enquanto cantávamos Adele. Alguém caiu. Improvisamos versões gospel de músicas da Anitta e pareceu a coisa mais divertida de todos os tempos.
Quando finalmente chegamos no apartamento, com glitter espalhado pelo nosso corpo, purpurina que até hoje, quatro anos depois, eventualmente ainda encontro em alguma parte do meu corpo, acabamos nos confrontando com um sujeito de Dread Locks, que nos acusou de ter deixado o cachorro Bob, o qual ele tomava conta para uma senhora, fugir. Nós teríamos deixando a porta de entrada do condomínio aberta o que provocou a fuga descontrolada do pequeno animal. Ele nos acusou ao porteiro, dizendo que chegamos ao local visivelmente alcoolizados e que o julgamos pela aparência. Ele sentou e chorou. Não sei se Bob um dia voltou. Não sei se o rapaz de Dreak Locks se recuperou, se tudo isso existiu, se comemos pizza ou se um carro realmente precisou ser empurrado.
Fizemos fila para tomar banho e sei lá como não tive ressaca. Acordei no dia seguinte com um gato mijando no meu pé. Fim.
Quando fui ver já estavam todos se arrumando e passando glitter na cara. Fui apresentado a Skol Beats, que eu nem sabia o que era. O gosto era realmente diferente, aquilo não se parecia nem um pouco com cerveja, mas deixava bêbado bem rápido e só depois eu fui descobrir que o teor alcoólico daquilo era o dobro de uma cerveja comum.
Então estávamos todos sendo deixados pelos seus respectivos motoristas de Uber em algum lugar amplo de Brasília, onde um trio elétrico tocava músicas engraçadas, de tão saudosistas. Cada Skol Beats ingerida como se fosse uma cerveja normal aumentava minha embriaguez. Alguém foi ao banheiro e se perdeu. Estávamos todos suados debaixo de um sol forte.
A festa terminou, o dia já estava para escurecer. Voltamos caminhando pelo eixão, pelo eixinho, por alguma avenida que amontoa consoantes. Pessoas dançavam, pessoas choravam, ninguém tinha total domínio sobre a razão. Carros e humanos conviviam no mesmo espaço de maneira harmônica, porém um tanto quanto perigosa. Três pessoas empurravam um carro, minha esposa viu e saiu correndo para ajudar. Eu ri que quase cai no chão.
Depois de outro Uber estávamos em uma pizzaria no plano piloto onde o objetivo era cada um comer um pedaço para matar a fome e ir no banheiro. O banheiro ficava escadaria abaixo e foi um tanto quanto perigoso chegar lá no estado em que estava. O pedaço de pizza logo se transformou em uma quantidade enorme de pizzas inteiras que todos comiam esfomeados depois de uma tarde desidratando e pulando e dançando e andando ou ficando parados no sol. Não demorava um minuto para que a pizza de abobrinha desaparecesse da mesa. Estávamos em, sei lá, 15 pessoas, não sei nem como achamos lugar para que todos sentássemos.
Depois que finalmente paramos de comer a pizza, voltamos a pé para casa, passando por sob um túnel enquanto cantávamos Adele. Alguém caiu. Improvisamos versões gospel de músicas da Anitta e pareceu a coisa mais divertida de todos os tempos.
Quando finalmente chegamos no apartamento, com glitter espalhado pelo nosso corpo, purpurina que até hoje, quatro anos depois, eventualmente ainda encontro em alguma parte do meu corpo, acabamos nos confrontando com um sujeito de Dread Locks, que nos acusou de ter deixado o cachorro Bob, o qual ele tomava conta para uma senhora, fugir. Nós teríamos deixando a porta de entrada do condomínio aberta o que provocou a fuga descontrolada do pequeno animal. Ele nos acusou ao porteiro, dizendo que chegamos ao local visivelmente alcoolizados e que o julgamos pela aparência. Ele sentou e chorou. Não sei se Bob um dia voltou. Não sei se o rapaz de Dreak Locks se recuperou, se tudo isso existiu, se comemos pizza ou se um carro realmente precisou ser empurrado.
Fizemos fila para tomar banho e sei lá como não tive ressaca. Acordei no dia seguinte com um gato mijando no meu pé. Fim.
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