O som do meu carro tocava uma música de Josh Rouse, chamada "Caroliña" no exato momento em que eu cheguei para deixar meu carro na revisão. Curiosamente, seria atendido por uma funcionária chamada Carolina.
A música de Josh Rouse fala que Carolina se sente muito feliz do lado de fora e acredito que a Carolina da concessionária também se sentiria mais feliz em outro lugar. Tinha olhos tristes e sotaque mineiro. Não me avisou, mas era fácil perceber que estava começando a trabalhar ali.
Carolina não entendia o complexo funcionamento do complexo sistema da Nissan e precisava da ajuda do seu colega de lado para realizar todos os procedimentos. E realmente, ao que eu percebi, são vários procedimentos. Abertura e fechamentos de abas, cliques em mãozinhas, em sinais verdes, ligações para liberação de valores, consultas, fichas e meu deus. Pobre Carolina.
Esperei 25 minutos para ser atendido e o atendimento em si deve ter demorado outros 25. Chegou aquele ponto em que o atendente começa a ficar constrangido e, eu, enquanto cliente, já não conseguia sentir raiva. Já sentia pena da Carolina, que deveria se sentir tão feliz do lado de fora.
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