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Prateleiras de CDs

A maneira como as lojas daqui organizam CDs é uma coisa sensacional. Por lojas, só posso me referir a Janina. Porque nas Americanas não existe organização. Principalmente na do shopping Pantanal. Imagino que a cada meia hora os funcionários de lá sejam ordenados a bagunçar as coisas.

Já havia visto um disco do Jimi Hendrix na sessão de New Age, ao lado da Enya. Não sei se pensam que alguém vá se relaxar escutando Purple Haze.

Ontem eu vi um CD de música de relaxamentos na sessão de Heavy Metal. Porque? Porque o CD se chamava Nirvana. Alguém viu e pensou "hmm, Nirvana é pesado, põe no Metal".

E teve a vez em que eu vi o Magical Mistery Tour dos Beatles na sessão de música infantil. Imagino que seja porque é uma capa colorida, com pessoas fantasiadas de animais e o nome de "Viagem mágica e misteriosa". Só podia ser infantil, é claro. Você então coloca seus filhos para escutar "Eu sou o homem-ovo. Eles são os homens-ovos. Eu sou a morsa. Goo goo joob!".

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Gilberto Gil talvez não saiba ou, quem sabe saiba, mas não tenha plena certeza, mas o fato é que ele criou a melhor música jamais feita para abrir um show. Claro que estou falando de Palco, música lançada no álbum Luar, de 1981 e que, desde então, invariavelmente abre suas apresentações. A escolha não poderia ser diferente agora que Gil percorre o país com sua última turnê, chamada "Tempo Rei" e que neste último sabado, 7 de junho, pousou na Arena Mané Garrincha, em Brasília.  "Subo neste palco, minha alma cheira a talco, feito bumbum de bebê". São os versos que renovam os votos de Gil com sua arte e sua apresentação. Sua alma e fé na música renascem sempre que ele sobe no palco. "Fogo eterno pra afugentar o inferno pra outro lugar, fogo eterno pra  consumir o inferno fora daqui". O inferno fora do palco, que é o seu território sagrado. Território define bem o espetáculo de Gil. Uma jornada por todos os seus territórios, da Bahia ao exílio do Rio de Janeir...

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