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Guiding Light

As paraolimpíadas são sensacionais, é claro. Os jogos paraolímpicos mostram dia-a-dia exemplos de superação incríveis. O que você faria se não tivesse um braço, uma perna, a visão? Esses atletas poderiam ter escolhido ficar em casa reclamando da vida, mas foram a luta. As paraolimpíadas são para quem tem coragem.

Destacar os nadadores, corredores, saltadores, jogadores, é óbvio, apesar de merecido, é claro.

Mas se há alguém que sempre me chamou a atenção nessas competições, esse alguém é o guia dos cegos. Correr 100 metros em 12 segundos, 11 segundos é sensacional para um cego. Mas é sensacional para qualquer ser humano. Quantas pessoas no mundo conseguem correr 100 metros em 12 segundos?

O guia é um atleta em potencial. Alguém que, talvez, se tivesse um treinamento adequado, poderia brilhar em uma Olimpíada. Mas não. Porque razões? Como ele chegou até essa situação? Ser um ótimo atleta que é um coadjuvante eficaz. Faz coisas sensacionais, mas não recebe nenhum reconhecimento, menos ainda do que o mísero destaque dado aos paratletas. Apenas neste ano, os guias passaram a receber, eles também, suas medalhas.

O guia é um herói, herói anônimo.

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