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O Dilema de um mediano

Eu sou um cara mediano. Minha altura, 1m75, dizem, é a estatura média do homem brasileiro. Meu nome, Guilherme, está longe de ser incomum, mas não é dos mais frequentes, pelo menos na minha geração. Tanto, que só tive um Guilherme contemporâneo meu e por azar, ou sorte, nunca estudamos juntos.

Meus gostos também são medianos. Entre minhas bandas prediletas, tenho algumas que já fizeram, ou ainda fazem grande sucesso, como Beatles, Oasis e Pink Floyd. Mas, nenhuma delas toca nas rádios o tempo inteiro. Minhas bandas preferidas tem um público, muitas vezes grande, mas não são exatamente populares nos dias de hoje. Por outro lado, não conheço dezenas de bandas que só eu e mais quatro pessoas escutamos.

A mesma coisa acontece com filmes. Os filmes que gosto ocupam uma faixa entre os filmes cabeças e os filmes banais. Efeito Borboleta, pro exemplo. Alguns podem achar idiota, outros podem achar genial. Mas é um filme que está ali nesta faixa mediana. Pode não ser uma obra de arte iraniana, mas tampouco é um blockbuster hollywoodiano. Forrest Gump, Onde os Fracos Não Tem Vez. São vários os filmes assim.

Gosto de livros. Mas também gosto de futebol. Não acredito em Deus, mas não nego sua existência. Não gosto dos partidos de esquerda, tampouco dos de direita, e nem por isso sou de centro (um PSD às avessas). Tento escolher sempre pela ponderação, tento sempre encontrar um ponto em comum, um ponto de convergência. Enfim, tento ser mediano.

Digo tudo isso para fazer um apelo, dirigido aos fabricantes de chuveiro. Vocês precisam mudar seus métodos. Não dá mais para conviver em um mundo em que só existem duas opções de chuveiro. Verão ou Inverno. Ou a água desce queimando ou a água desce congelando. Ou você se sente como uma lagosta fervendo, ou se sente mergulhando nos mares do norte.

É mais do que necessário que se pense em uma opção "Primavera", quem sabe "Outono". Porque não a água morna? Ou fresquinha? Façam isso, pelo bem de um público de gosto médio, mediano, ponderado.

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