Blonde on Blonde de Bob Dylan é um dos discos mais sensacionais da história. Não é o melhor, mas é um caso raro de álbum em que cada canção é individualmente poderosa e, juntas, formam um conjunto poderoso. As canções seguem uma corrente elétrica, uma torrente de pensamentos.
(Aqui vale um parêntese: existem discos melhores, mas que sempre tem um momento desagradável. Lá está Run For Your Life frustrando final de Rubber Soul. Lá estão as músicas experimentais do Pink Floyd para encher o saco.)
Blonde on Blonde mostra a voz de Dylan um pouco diferente. Menos anasalada, um pouco mais rouca e grave. Sinal de que os excessos começaram a consumir sua voz (que convenhamos, tinha estilo marcante, mas não é exatamente um sinônimo de beleza). É difícil saber sobre o que as canções versam, uma vez que Dylan lotava suas canções de metáforas e figuras psicodélicas, no entanto, Leopard-Skin Pill-Box Hat é justamente sobre um chapéu que estava em uma vitrine.
Mesmo não tendo uma única canção ruim (confesso que Temporary Like Achilles é a que menos gosto), alguns momentos se sobressaem:
Pledging my time: tem um solo de gaita que me faz querer aprender a tocar gaita. A gaita ecoa até o fim dos tempos.
Visions of Johanna: Uma das maiores músicas da história. Sua letra complexa, seu ritmo incansável e suas rimas poderosas. Sempre que Dylan canta "while my conscience explode" penso em pular, canto junto e tenho certeza que a vida é explicada.
Sad-eyed lady of the Lowlands: Durante seus 11 minutos, cada verso parece que será o último da música. Dylan descreve tão bem a senhora de olhos triste, que é difícil imaginar que alguém realmente fosse capaz de conhecer outra pessoa tão bem. A canção fica ainda melhor quando você escuta "Sara", música feita para sua mulher, 10 anos depois, num período de separação: Dylan canta:
"Sara, Sara
Amar você é a única coisa que não vou negar
Eu ainda posso ouvir os sons daqueles sinos metodistas
Eu me curei e passei por isso
Ficando por dias no Chelsea Hotel
Escrevendo Sad-Eyes Lady of the Lowlands para você".
(Aqui vale um parêntese: existem discos melhores, mas que sempre tem um momento desagradável. Lá está Run For Your Life frustrando final de Rubber Soul. Lá estão as músicas experimentais do Pink Floyd para encher o saco.)
Blonde on Blonde mostra a voz de Dylan um pouco diferente. Menos anasalada, um pouco mais rouca e grave. Sinal de que os excessos começaram a consumir sua voz (que convenhamos, tinha estilo marcante, mas não é exatamente um sinônimo de beleza). É difícil saber sobre o que as canções versam, uma vez que Dylan lotava suas canções de metáforas e figuras psicodélicas, no entanto, Leopard-Skin Pill-Box Hat é justamente sobre um chapéu que estava em uma vitrine.
Mesmo não tendo uma única canção ruim (confesso que Temporary Like Achilles é a que menos gosto), alguns momentos se sobressaem:
Pledging my time: tem um solo de gaita que me faz querer aprender a tocar gaita. A gaita ecoa até o fim dos tempos.
Visions of Johanna: Uma das maiores músicas da história. Sua letra complexa, seu ritmo incansável e suas rimas poderosas. Sempre que Dylan canta "while my conscience explode" penso em pular, canto junto e tenho certeza que a vida é explicada.
Sad-eyed lady of the Lowlands: Durante seus 11 minutos, cada verso parece que será o último da música. Dylan descreve tão bem a senhora de olhos triste, que é difícil imaginar que alguém realmente fosse capaz de conhecer outra pessoa tão bem. A canção fica ainda melhor quando você escuta "Sara", música feita para sua mulher, 10 anos depois, num período de separação: Dylan canta:
"Sara, Sara
Amar você é a única coisa que não vou negar
Eu ainda posso ouvir os sons daqueles sinos metodistas
Eu me curei e passei por isso
Ficando por dias no Chelsea Hotel
Escrevendo Sad-Eyes Lady of the Lowlands para você".
Comentários