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Os volantes

A seleção espanhola tem. Busquets e Xabi Alonso marcam forte e saem para o jogo. Os meias Xavi, Iniesta e Fabregas já foram considerados volantes um dia. Todos tem grande poder de marcação.

A vice-campeã Itália também. O homem mais recuado de seu meio de campo era Pirlo. Um meia que armava o jogo de trás. Marchisio, Montolivo e de Rossi, marcavam por ele. E todos tem qualidade para jogar.

Entre os semifinalistas, a Alemanha tem Schweinsteiger e Khedira, que marcam e chegam na frente com eficiência. Já Portugal, também tem João Moutinho e Raul Meireles.

As quatro semifinalistas da Eurocopa foram as quatro equipes que jogaram o melhor futebol do torneio, todas chegaram com merecimentos. E tirando Portugal, que teve Cristiano Ronaldo jogando bem, as outras seleções se destacaram pelos meio-campistas. Por jogadores que marcam e atacam com a mesma eficiência. Os sempre abominados volantes são hoje os primeiros armadores de suas equipes. Os bons times se formam com jogadores que roubam a bola e sabem o que fazer com ela. Uma tendência que já foi mostrada na última copa.

Tendência que não é seguida no Brasil. Por aqui, os técnicos costumam a procurar jogadores que funcionem como um para-brisa na frente da defesa e que com a bola se limitam a passá-la rapidamente para algum jogador. Não tem a capacidade de dar o passe em profundidade, velocidade ao jogo, quando preciso. Lucas, o predileto de Mano Menezes tem sido assim, apesar de ter sido um jogador mais ofensivo nos tempos no Grêmio.

Quem poderia exercer essa função no Brasil? Hernanes e Ramires, por exemplo. Os dois se firmaram no futebol brasileiro como volantes. Mano Menezes alega que eles tem jogado mais avançados no futebol europeu. Verdade. Mas pouco importa, eles já jogaram assim. Os dois sabem como marcar. Hernanes dita mais o ritmo, tenta mais os passes enquanto Ramires é mais dinâmico. O meio-campo da seleção deveria começar com os dois.

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