Pular para o conteúdo principal

Andei Escutando (27)

Aerosmith – Get a Grip (1993): Um disco bem chato, clichê ao extremo. Parece que o Aerosmith gravou uma dezena de canções chatíssima para completar um álbum que conta com alguns hits radiofônicos. Aliás, alguns desses hits são bem chatos também.
Melhores: Crazy e Cryin’.

Aimee Mann – I’m With Stupid (1995): O disco abre com um “you’ve fucked it up”. Bem passional.
Melhores: Ray e Long Shot.

Elvis Costello – My aim is true (1977): É inegável. Elvis Costello tem uma grande vocação para ser corno. Mas, mesmo chifrudas, algumas canções são excelentes.
Melhores: (aaaaaaaaaaa)Alison e Less than zero.

Jefferson Airplane – Surrealistic Pillow (1967): Desses discos com a cara dos anos 60, para o bem e para o mal.
Melhores: She Has Funny Cars e Today.

Love – Four Sail (1969): É o segundo melhor disco do Love, atrás apenas do excepcional Forever Changes. A saída de Brian McLean parece ter tirado um pouco do experimentalismo, mas Athur Lee ainda estava bem inspirado.
Melhores: Your Friend and Mine - Neil's Song e Dream.

Pulp – Separations (1992): Isso aqui ainda não é o Pulp exatamente. É Jarvis Cocker tentando se acertar.
Melhores: She's Dead e Don't you want me anymore?

Red Hot Chili Peppers – The Uplift Mofo Party Plan (1987): A síntese dos Chili Peppers já está neste disco. O baixo e a guitarra característica, o ritmo, os refrões acelerados. Como eles eram mais legais nessa época.
Melhores: Behind the Sun e Me and My Friends.

The Black Angels – Passover (2006): Músicas malvadas, perturbadas. Trilha sonora para filmes de atirados, desertos. Música para se sentir com complexo de perseguição.
Melhores: Young Men Dead e The Snipers at the gates of Heaven.

The Bluetones - Return to the last chance saloon (1998): Logo na primeira música dá para perceber que o sonho tinha acabado, que a magia havia se esgotado. As canções grudentas do primeiro disco ficaram para trás e a partir de agora os Bluetones seriam uma banda sem inspiração e que se perderia no tempo.
Melhores: If e Ames.

The Coral (2002): Som característico dos anos 60 e... opa, mas o disco é de 2002!
Melhores: Dreaming of You e Goodbye.

Comentários

Postagens mais visitadas

O Território Sagrado de Gilberto Gil

Gilberto Gil talvez não saiba ou, quem sabe saiba, mas não tenha plena certeza, mas o fato é que ele criou a melhor música jamais feita para abrir um show. Claro que estou falando de Palco, música lançada no álbum Luar, de 1981 e que, desde então, invariavelmente abre suas apresentações. A escolha não poderia ser diferente agora que Gil percorre o país com sua última turnê, chamada "Tempo Rei" e que neste último sabado, 7 de junho, pousou na Arena Mané Garrincha, em Brasília.  "Subo neste palco, minha alma cheira a talco, feito bumbum de bebê". São os versos que renovam os votos de Gil com sua arte e sua apresentação. Sua alma e fé na música renascem sempre que ele sobe no palco. "Fogo eterno pra afugentar o inferno pra outro lugar, fogo eterno pra  consumir o inferno fora daqui". O inferno fora do palco, que é o seu território sagrado. Território define bem o espetáculo de Gil. Uma jornada por todos os seus territórios, da Bahia ao exílio do Rio de Janeir...

Aonde quer que eu vá

De vez em quando me pego pensando nisso. Como todos sabem, Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso, sofreu um acidente de avião em 2001. Acabou ficando paraplégico e sua mulher morreu. Existe uma música dos Paralamas, chamada "Aonde quer que eu vá" que é bem significativa. Alguns trechos da letra: "Olhos fechados / para te encontrar / não estou ao seu lado / mas posso sonhar". "Longe daqui / Longe de tudo / meus sonhos vão te buscar / Volta pra mim / vem pro meu mundo / eu sempre vou te esperar". A segunda parte, principalmente na parte "vem pro meu mundo" parece ter um significado claro. E realmente teria significado óbvio, se ela fosse feita depois do acidente. A descrição do acidente e de estar perdido no mar "olhos fechados para te encontrar". E depois a saudade. O grande detalhe é que ela foi feita e lançada em 1999. Dois anos antes do acidente. Uma letra que tem grande semelhança com fatos que aconteceriam depois. Assombroso.

Wilco de 1 a 13

No próximo domingo o Wilco retorna ao Brasil para a sua terceira passagem em solo nacional (a primeira vez que irei assistir). Uma oportunidade para resgatar a discografia deste grupo que conheci em 2004 e pouco depois se tornou uma obsessão pessoal. 1. AM (1995) O Wilco nasce das cinzas do Uncle Tupelo, aclamado grupo da cena country alternativa norte-americana. O nascimento foi meio traumático, já que o Uncle Tupelo acabou no momento em que Jay Farrar avisou que odiava Jeff Tweedy. Bem, os outros membros do Uncle Tupelo ficaram com Tweedy para formar o Wilco, então o problema devia ser Jay Farrar. O primeiro disco do Wilco segue caminhando exatamente no mesmo caminho onde estava o grupo anterior, um Country Rock moderno com um pouco de PowerPop setentista, bebendo na fonte do Flying Burrito Brothers. Há algumas boas músicas como I Must Be High , Box Full of Letters e Passenger Side , mas o resultado não impressionou nem público, nem crítica. Tivesse o Wilco se desintegrado após este...