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Andei Escutando (20)

Badfinger – Wish You Were Here (1974): A impressão é que o excepcional No Dice foi uma exceção na carreira do grupo de duração trágica. Mas, Wish You Were Here é um disco até agradável. O powerpop no estilo Beatles pré-Revolver é deixado de lado. O som parece ter mais influência do Rock Progressivo e da carreira solo de Paul McCartney. Pianos marcando o ritmo e refrões com vocais mais agudos.
Melhores: Know One Knows e Dennis.

Clube da Esquina (1972): Milton Nascimento, Lô Borges e amigos parecem ter se juntado para gravar duas dezenas de músicas que parecem ser de domínio público. Melodias tão familiares que a sensação é que elas sempre existiram. As letras também são muito boas, o melhor uso de figuras surreais na música brasileira que já ouvi. “Resistindo na boca da noite um gosto de sol”.
Melhores: O trem azul e Paisagem da Janela.

Creedence Clearwater Revival – Willy and The Poor Boys (1969): No geral o CCR faz discos bem parecidos, sem grandes variações de um para o outro. Mas esse é o mais fraco entre aqueles que eu escutei.
Melhores: It came from out of the Sky e Cotton Fields.

Elton John – Captain Fantastic and the Brown Dirty Cowboy (1975): É estranho escutar Elton John nos tempos atuais. Afinal, seu disco é a busca por um pop perfeito, feito de maneira tradicional. Pianos, guitarras, cordas. Hoje o pop busca a dança, o fetichismo o consumismo. Outros tempos. Diferente.
Melhores: Tower of Babel e Someone Save my life tonight.

Eric Clapton – 461 Ocean Boulevard (1974): Nesse disco, Clapton conheceu o Reggae o estrago estava feito. Nunca mais ele conseguiria a densidade do Derek and the Dominos e Cream. Faria vários discos com músicas boas, músicas bobas com uma base para ele fazer solos tranqüilos. Nunca mais conseguiria o peso de outrora. As melhores do disco são as mais calminhas.
Melhores: Give me Strength e Let it Grow.

Janis Joplin – Pearl (1971): Difícil falar isso, mas Janis Joplin é bem chata. O disco é um conjunto de improvisações sobre uma base de blues/jazz, tudo para que Janis possa gritar “Baby”.
Melhores: My Baby e A Woman Left Lonely.

Os Mutantes – Mutantes (1969): Até mais do que o primeiro disco, este é uma mistura louca de ritmos tradicionais brasileiros com o rock e a psicodelia. O resultado é uma confusão só. Mas o impressionante mesmo, é que é sensacional.
Melhores: Caminhante Noturno e Não vá se perder por aí.

Syd Barrett – The Madcap Laughs (1970): O disco é quase uma confissão, um retrato da mente perturbada do fundador do Pink Floyd. Boa parte do disco é ele com o seu violão fazendo seus versos aliterados/alucinógenos. Essa simplicidade intimista e o conhecimento da sua degradação mental nos anos seguintes fazem esse disco ser bem bonito.
Melhores: Octopus e No Man’s Land.

The Black Keys – Magic Potion (2006): Dos discos que escutei até agora dos Black Keys, este é o que tem um apelo pop maior. Refrões bem marcados, estruturas bem definidas.
Melhores: Your Touch e Modern Times.

The Doors – Strange Days (1967): Lançado no embalo do ótimo disco estréia, Strange Days ainda é menos inspirado. Mas o som ainda é baseado nos teclados hipnóticos e vocais fortes de Jim Morrison. O Estilo que mais gosto deles, depois eles fariam um som mais puxado para o Blues.
Melhores: Love me Two Times e Moonlight Drive.

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