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Weezer, Foo Fighters e Pink Floyd

Três bandas que estão entre as minhas favoritas - ou pelo menos entre as que eu mais escutei na minha vida, lançaram discos nesses últimos meses. Discos de qualidade diferente, com expectativas diferentes.


O Weezer lançou Everything Will Be Alright In The End, nono disco da carreira. Um disco que recebi com pouca expectativa, porque não dá para ter muita expectativa com o Weezer do novo século. Ainda mais depois do péssimo Hurley e de uns flertes bizarros com o rap. Pois, Everything surpreende positivamente. Não há um hit como Porks and Beans e é claro que não é a mesma coisa dos dois primeiros discos. Mas, EWBAITE consegue se colocar ali no meio da tabela do Weezer, competindo com o disco verde e com Make Believe. Composições fáceis, guitarras pesadas e um outro momento marcante. Música no piloto automático, mas agradável.


O Foo Fighters reaparece com Sonic Highways, seu oitavo disco. Depois do excepcional Wasting Light, o disco que fez com que o FF voltasse a valer a pena, a banda do Dave Grohl volta a decepcionar. Sonic Highways tem muita gritaria, muita embromação e muita música meia boca disfarçada pela história da gravação. Dave levou a banda para gravar uma música em cada cidade, absorvendo o clima do local e do estúdio. Mas, se você não soubesse disso, jamais iria imaginar.


Mais de 20 anos depois do último disco, 40 depois do auge, o Pink Floyd retorna com The Endless River. Como estamos em 2014 e foi avisado que o disco iria reaproveitar gravações antigas, era difícil criar alguma expectativa. Quase todas as canções são instrumentais, exceção feita a uma. Mas, o disco é agradável, dá para escutar o piano de Richard Wright, David Gilmour continua tendo uma guitarra maravilhosa e você pode ouvir sem se constranger. Nada além disso, mas pelo menos não é uma vergonha.

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