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Andei Escutando (39)


Bert Jansch – Birthday Blues (1969): Arrastado.
Melhores: Come Sing me a Happy Song e Promised Land.

Blur – Think Tank (2003): Há algo de diferente em um disco do Blur. Quando você escuta, percebe que é o disco de uma grande banda. Mesmo tendo canções arrastadas, irritantes, há uma busca pelo diferente, pela construção do grandioso por vias incomuns, há um brilho que faz com que o disco seja agradável. Por mais que os discos da época de ouro do Britpop tenham feito mais sucesso, não tenho dúvida que essa busca alternativa dos últimos três trabalhos é que tornou o Blur uma banda respeitada.
Melhores: Good Song e Sweet Song.

Donovan – Fairytale (1965): Disco folk bacaninha.
Melhores: To Try For the Sun e Oh Deed I Do.

Elton John – Madmand Across the Water (1971): A música de Elton John sempre soa fora de tempo, escutada nos tempos atuais. Um rock com pianos, um pop com guitarras? Se fosse lançado em 2012, que público ele atingiria?
Melhores: Levon e Tiny Dancer.

Elvis Costello & Burt Bacharach – Painted from Memory (1998): Duas lendas da música resolveram se juntar para lançar esta porcaria inominável. Sério, em que lugar que isso vai tocar? Nem em elevador. Nem nessas rádios easy-listening. Música esquecível.
Melhores: Painted from Memory e The Sweetest Punch.

Marisa Monte – Infinito Particular (2006): Marisa Monte é uma chata, mas isso não impede que ele tenha seus (poucos) bons momentos.
Melhores: Até Parece e Levante.

Pete Townshend – Empty Glass (1980): Pete Townshend foi um dos grandes guitarristas dos anos 60. Pode não ter sido o mais virtuoso, mas sua guitarra enérgica sempre ajudou a conduzir a música do Who, marcada pela bateria forte. Mesmo com seu talento para a guitarra, em algum momento dos anos 70 ele preferiu esquecer seu instrumento e focar seu processo criativo na elaboração de intrincadas linhas de sintetizador.
Melhores: Rough Boys e Empty Glass.

The Doors – Waiting for the Sun (1968): Senhoras e senhoras, é preciso respeitar. Os três primeiros discos do The Doors, boêmios, lisérgicos, poéticos, são sensacionais.
Melhores: Hello, I love you e Love Street.

The Soundtrack of Our Lives – Extended Revelation (1998): O que eu posso dizer sobre o TSOOL, é que eles são latifundiários da música. Discos inacabáveis, dezenas de músicas, várias horas de duração, com pouca produção de qualidade. Reforma agrária já!
Melhores: Impacts & Egos e Black Star.

The Soundtrack of Our Lives – Welcome to the Infrant Freebase (1996):
Melhores: Instant Repeater ’99 e Firmament Vacation.

U2 – War (1983): O U2 sempre foi e sempre será uma banda meia boca, que lança duas músicas boas aleatórias.
Melhores: New Year’s Day e Sunday Bloody Sunday.

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