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Mostrando postagens de maio, 2013

Não, o novo do Strokes não é uma merda completa

Não vamos ser ingênuos. Todos nós estávamos prontos para detonar o disco novo do Strokes. E a culpa disso, não tem como negar, é deles próprios. A verdade é que os Strokes nos decepcionaram. Lançaram um ótimo disco de estreia, um razoável segundo disco e depois lançaram dois discos bem ruins. A diferença na ruindade desses dois trabalhos, é que First Impressions of the Earth tinha uma ruindade convencional, enquanto que Angels era ruim inovando. A semelhança é que os dois tinha singles muito bons. Quando foi lançada One Way Trigger , a primeira música do quinto álbum dos antigos salvadores do rock, Comedown Machine , todos nós nos assustamos. O começo da música lembra um desses tecnobregas da vida e Julian Casablancas cantava em um falsete bisonho. Pronto. Dessa vez nem o primeiro single deles é bom, o álbum vai ser uma porcaria. A partir daí todos pegamos em pedras e esperamos o lançamento do disco para arremessa-las. Li uma resenha que enumerava uma centena de palavras para def

Pattie Boyd

Pattie Boyd O romance envolvendo George Harrison, Pattie Boyd e Eric Clapton é um dos mais conhecidos triângulos amorosos da história. Sempre achei o caso interessante. A princípio, a visão que nós temos é bem simplista. Pattie trocou o sensível George Harrison, aquele que lhe cantou a sentimental Something na cozinha, pelo intempestivo Eric, aquele que a mostrou a passional Layla na sala. E se há uma mulher irresistível neste mundo, esta mulher é Pattie Boyd. Só que o trio Boyd-Harrison-Clapton é apenas a parte mais famosa de uma série de relações amorosas e traições, que envolveram metade do rock britânico da época. E o que eu acho incrível, é que todos continuaram convivendo ao longo dos anos. George Harrison Pattie Boyd era uma modelo que fazia figuração em um vagão de trem durante a gravação de uma cena de A Hard Day’s Night, o primeiro filme dos Beatles. George era justamente um Beatle. Eric Clapton era o deus da guitarra e converteu vários fãs em suas inúmeras bandas

Laerte

A revista piauí de Abril deste ano trouxe um perturbador perfil sobre o cartunista Laerte, um dos principais cartunistas brasileiros dos anos 80 que recentemente passou a se vestir de mulher. Considero o perfil perturbados por um simples motivo: não consegui entender os motivos dele ao final do texto. Faço parte de uma geração, ou um grupo de pessoas que entende que existam homens que gostem de homens, mulheres que gostem de mulheres, quem goste de todo mundo, quem queira mudar de sexo porque se sente aprisionado em um corpo errado. Laerte não parece estar em nenhum caso. Laerte se assume bissexual, mas não me deixou convencido sobre os motivos que o fazem querer se vestir igual uma mulher. Nem ele nem a maior parte dos crossdressers entrevistados ao longo do texto. Não me parece que eles se sintam melhores vestidos como mulheres, que eles queiram ser mulheres. Parece mais que eles estão ali por um fetiche, ou, talvez, pela diversão de contrariar as convenções da sociedade. Uma que

Os 23 de Felipão na Copa das Confederações

A lista de 23 convocados de Luís Felipe Scolari para a Copa das Confederações trouxe uma grande polêmica: a ausência de Ronaldinho Gaúcho. Tenho que dizer que concordo com sua não-convocação. Ronaldinho é um jogador com brilhantes passagens em sua carreira mas que sempre fracassou na seleção brasileira, para esperneio de Lúcio de Castro. Já jogou como meia-armador, ponta esquerda, segundo-atacante e teve poucos momentos de brilho. Foi coadjuvante de Ronaldo e Rivaldo em 2002, coadjuvante de Adriano na Copa das Confederações em 2005 e fracassou na Copa de 2006, quando era o melhor do mundo. Tudo porque Ronaldinho é um jogador sem sangue. Falta a ele a percepção de que decide jogos decisivos. Acabou com aquele histórico Barcelona e Real Madrid em 2006, mas o jogo já estava 1x0 quando ele apareceu com brilho. Na final da Champions League daquela temporada, Ronaldinho foi uma nulidade em campo. Seus maiores momentos de brilho na carreira, ocorreram em jogos que já estavam mais "tr

Os 10 anos de Elephant

Minha tia assinava a Folha de S. Paulo. Creio que sempre foi assim e lá pela época da virada do Século XXI eu sempre ia na casa dela para dar uma olhada no caderno de esportes nos quadrinhos do Ilustrada. Criei até uma ordem para ler os quadrinhos, de forma que meus preferidos ficassem para o final. Em 2003 não era diferente. Mas, nesta época eu estava me interessando por música e aproveitava para dar uma olhada na parte musical do caderno. Foi ai então, em algum dia de março ou abril de 2003, que vi uma matéria sobre o lançamento do novo disco dos White Stripes. Texto provavelmente escrito por Lúcio Ribeiro, provavelmente falando bem do disco, porque o Lúcio era bem puxa-saco dos Stripes. A única informação que ficou gravada na minha cabeça é de que o lançamento de Elephant tinha sido antecipado, devido ao seu vazamento na internet. Aquilo ainda era uma coisa nova. Naqueles tempos não era fácil escutar música na internet. O Youtube não existia, assim como os sites de compartil

Reminiscências de Primeiros de Maio

O Primeiro de Maio nunca foi meu feriado preferido. Claro que na vida adulta todos os feriados são legais, mas quando se é criança é diferente. No Primeiro de Maio ninguém ganhava presentes e, tal qual acontecia no Sete de Setembro, a programação de desenhos era interrompida para ficar mostrando discursos e outros eventos. Além do mais, quando se é criança não se sabe o que é trabalho e logo não se valoriza o Dia do Trabalhador. Minha relação com o Primeiro de Maio ficou ainda pior em 1994. O fim de semana macabro da Fórmula 1 que vitimou dois pilotos após mais de 10 anos sem acidentes fatais. Olhando em retrospectiva, parece óbvio que algo estava errado. O terrível acidente de Rubens Barrichello na sexta, o horrível acidente de Ratzenberger no sábado. Sim, que cena horrível foi ver aquele carro despedaçado surgir do nada, a cabeça mole, a mancha de sangue. Mas, não achei que ele morreria, com minha incredulidade de alguém de sete anos que não sabia que pessoas morriam na Fórmula 1.